Caso Lagoa: “Caixa foi enganada igual aos pessoenses”, diz vereador

“Eu começo a entender que a Caixa Econômica foi tão enganada quanto os pessoenses com essa obra da Lagoa”. A frase é do vereador da Capital Bruno Farias, que comentou nesta quinta-feira (8) a entrevista que o secretário de infraestrutura Cássio Andrade deu em uma rádio local.

Farias: "Muito mais importante que a conveniência política é passar JP à limpo"O parlamentar também acredita que o auxiliar do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) desmontou o único documento que tinha para se defender do relatório da Controladoria Geral da União (CGU).

A fiscalização da CGU constatou um desvio de mais de R$ 10 milhões nas obras de reforma do Parque Solon de Lucena (Lagoa) e ano passado, durante audiência pública o próprio secretário Cássio Andrade que tentou desqualificar o relatório da CGU apresentando como contraponto o ofício do Gigov enviado ao Ministério das Cidades para justificar as irregularidades apontadas pela CGU. Agora, ele admite que o ofício da Gerência de Governo (Gigov) da Caixa não tinha poder fiscalizador.

Também foi do líder da oposição Bruno Farias (PPS) a denúncia de um esquema de tráfico de influência para facilitar a liberação de recursos destinados à execução da obra, que tem mais de 90% custeio pelo Governo Federal.

De acordo com o parlamentar, durante o período de execução da obra, havia parentes do secretário de Infraestrutura de João Pessoa, Cássio Andrade, como funcionário da empresa Compecc, que foi quem realizou a etapa de drenagem e dragagem, em que foram constatadas pela Controladoria Geral da União (CGU) desvio de mais de R$ 6 milhões; funcionária da Gerência de Governo (Gigov) da Caixa Econômica Federal; e servidor da Seinfra.