A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os esquemas de pirâmide financeira envolvendo criptomoedas aprovou nesta semana quase 40 requerimentos para ouvir os representantes de empresas suspeitas de lesar milhares de investidores. Entre elas, está a paraibana Braiscompany, que teve seus bens leiloados sem sucesso na última quarta-feira (28). Os proprietários da empresa, Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, estão foragidos da Justiça.
Além da Braiscompany, outras empresas de criptoativos foram convocadas pela CPI, como a Atlas Quantum e a Genbit, de São Paulo, a Binance Brasil, a MSK Operações e Investimentos e a GAS Consultoria, acusada de movimentar US$ 38 bilhões ilegalmente. Os empresários terão que explicar como funcionavam suas atividades e se havia garantias para os investidores.
A CPI ainda não definiu as datas para os depoimentos, mas a previsão é que eles comecem na próxima terça-feira (4), quando o relator da investigação, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), apresentará o plano de trabalho da comissão. O presidente da CPI, deputado Áureo Ribeiro, afirmou que a luta em busca de esclarecimentos continua e que espera chegar aos fatos com as informações prestadas pelas empresas.
Enquanto isso, os bens apreendidos pela Polícia Federal na operação que desarticulou a Braiscompany foram colocados à venda em um leilão online no site Leilões Monteiro. Entre os itens leiloados, estavam três carros de luxo e um jet ski, avaliados em mais de R$ 1,3 milhão. No entanto, nenhum lance foi dado na primeira sessão do leilão, realizada no último dia 28. Uma nova sessão será realizada na próxima quinta-feira (6), com descontos de 20% sobre o valor dos bens.