O serviço de proteção Casa Abrigo Aryane Thais atendeu 218 mulheres, incluindo os filhos, encaminhados pela Rede de Proteção da Mulher de 18 cidades em três anos de funcionamento. Implantado em outubro de 2011, em João Pessoa, o serviço garante moradia protegida e atendimento integral para mulheres em situação de risco de morte iminente por causa da violência doméstica e familiar.
Funcionando em endereço sigiloso, a Casa Abrigo conta com equipe multiprofissional formada por 16 profissionais, incluindo oficiais da Polícia Militar que atuam na proteção das mulheres e na guarda de segurança do local das abrigadas. A estrutura tem capacidade para abrigar 22 pessoas (mulheres e seus filhos até 16 anos) por um período máximo de 180 dias.
Para ter acesso ao serviço, é necessário que a mulher procure a Rede de Proteção da Mulher, como Delegacias da Mulher, Centro de Referência da Mulher ou Centro de Referência de Assistência Social (Creas). As exigências para ter acesso é ter um boletim de ocorrência formalizado. Caso a mulher tenha filhos, é necessário um relatório do Conselho Tutelar informando o encaminhamento das crianças ou adolescentes para o serviço.
“Quando a mulher chega com a denúncia nas delegacias ou no Centro de Referência com risco de morte, a Casa Abrigo é acionada e uma equipe vai até a vítima para fazer uma escuta qualificada para saber a necessidade do abrigamento. Ir para a Casa Abrigo deve ser a última opção para resolver a situação. Ela ficará isolada e distante do convívio. É uma ação emergencial, para evitar a morte”, explica a secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta Soares.