Campina despenca em ranking nacional após escolhas políticas de Romero

Há pouco menos de uma semana o ranking nacional das cidades mais inteligentes do Brasil, monitorado pela empresa Urban Systems, foi divulgado, onde mostrou-se que o conceito de tecnologia deve estar aplicado ao bem-estar da população. Neste sentido a gestão do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) em Campina Grande, foi a que apresentou a maior queda no ranking. Especialistas afirmam que a falta de transparência e a corrupção são grandes entraves aos projetos das smart cities. Considerado uma das falhas na transparência e eficácia de uma gestão, a indicação política de nomes para ocupar pastas essenciais a, exemplo, da Secretária de Ciência e Tecnologia de Campina Grande, tende a ser um dos responsáveis pela queda no ranking.

Desde o inicio da sua gestão, somente para a pasta da Secretária de Ciência e Tecnologia de Campina Grande, o prefeito Romero Rodrigues já mudou o titular da pasta seis vezes e nenhum dos indicados foi escolhido por ter um perfil técnico. Há mais recente mudança, foi ontem (18.07.2017) quando tirou o ex-deputado estadual Carlos Dunga Filho, para acomodar politicamente o deputado estadual Tovar Correia Lima que deixou a Assembleia Legislativa para dar sua vaga à vereadora pessoense Eliza Virginia.

Já ocuparam o cargo de secretário de Ciência e Tecnologia de Campina Grande, na gestão de Romero, o Gustavo Nogueira, o ex-vereador Aldenor Martins, o ex-vereador Hércules Lafite, ex-vereador Cassiano Pascoal Medeiros Pereira, o ex-deputado estadual Carlos Dunga Filho e agora o deputado estadual licenciado Tovar Correia Lima. Nenhum, portanto tendo em seu currículo experiência técnica na área de ciência e tecnologia.

Cidades inteligentes são as que conseguem se desenvolver economicamente ao mesmo tempo em que aumentam a qualidade de vida dos habitantes ao gerar eficiência nas operações urbanas, contando com a modernização para isso. Exemplos de uso das tecnologias digitais nas cidades incluem os pontos de ônibus inteligentes, que oferecem aos usuários previsões em tempo real da chegada do próximo ônibus e estacionamentos que identificam a presença de carros por meio de uma combinação de sensores de presença e comunicação sem fio, que possibilita aos condutores saber a disponibilidade de vagas em tempo real.

Na Paraíba, para as duas maiores cidade do Estado, João Pessoa e Campina Grande essa realidade está bem distante. A capital paraibana aparece em 47ª posição no ranking nacional das Smart Cities este ano, mantendo a queda que ocorreu de 2015 para 2016, quando passou de 29ª para a atual posição. Já Campina Grande caiu da 84ª posição, em 2016, para 97ª este ano.