Câmara de Cabedelo adia admissão da cassação de Leto Viana pela segunda vez

Pela segunda semana seguida a Câmara de Vereadores de Cabedelo adiou a apreciação da admissibilidade do processo de impeachment do ex-prefeito Leto Viana (PRB), afastado e preso dentro da operação Xeque-Mate, da Polícia Federal. Na sessão realizada na terça-feira (22), apenas dois vereadores foram contra o adiamento.

Os parlamentares seguiram o parecer da assessoria jurídica do Legislativo. O documento elaborado por Vandalberto Carvalho sugeriu que seja enviado ao Tribunal de Justiça um ofício solicitando cópia das provas contra o gestor. O processo foi protocolado pela direção do Psol em Cabedelo, em conjunto com entidades representativas da sociedade.

Leto Viana e outras 10 pessoas foram presas durante uma operação que investigou um esquema de corrupção dentro da Prefeitura de Cabedelo. O ex-prefeito foi apontado como o líder do esquema de corrupção na administração pública do município. Entre os presos, cinco são vereadores. Com isso, e após a eleição da nova mesa diretora da Câmara Municipal de Cabedelo, Vitor Hugo Casteliano assumiu a o cargo de prefeito.

A primeira tentativa de votação da admissibilidade ocorreu no dia 15 de maio. A presidente interina da Casa, Geusa Ribeiro (PRP), no entanto, decidiu por questão de cautela remeter o processo, com mais de 600 páginas, a assessoria jurídica da casa. A presidente queria entender se havia legitimidade no regimento para admitir o processo, uma vez que, por decorrência da operação, cinco vereadores foram presos e outros cinco tinham sido afastados.

O regimento interno da casa afirma que é preciso ser titular do mandato para compor comissões permanentes, e para admitir o processo de impeachment do ex-prefeito, é preciso ser votado por uma comissão.

Com o afastamento de 10 vereadores, acrescido de mais um quando o atual presidente da Casa, Vitor Hugo (PRP), assumiu a Prefeitura de Cabedelo, sobraram quatro titulares na Casa. Só que a presidente não pode compor comissão e um outro pediu licença do mandato. Restaram dois. Para compor uma comissão, sem incluir suplentes, seriam necessários três vereadores (presidente, relator e secretário). Com G1/PB.