Calvário: décima fase busca apreender provas para fundamentar fases anteriores

De acordo com os órgãos, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa e Bananeiras

A décima fase da Operação Calvário, deflagrada na manhã desta quarta-feira (9), tem o objetivo de fundamentar as provas encontradas nas fases anteriores. De acordo com as informações enviadas à imprensa, os crimes de ocultação patrimonial e de lavagem de dinheiro são os principais alvos.

As investigações foram iniciadas em 2018 para apurar irregularidades praticadas na Paraíba por organização criminosa composta por Organizações Sociais (OS), empresas comerciais, agentes públicos e políticos. Os trabalhos investigativos desta quarta-feira (9) estão sendo conduzidos pela Controladoria-Geral da União (CGU) em parceria com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB).

Os levantamentos apontaram que, no período de 2011 a 2019, somente em favor das OS
contratadas para gerir os serviços essenciais da saúde e da educação, o Governo da Paraíba empenhou R$ 2,4 bilhões, tendo pago mais de R$ 2,1 bilhões, dos quais estima-se um dano ao erário de mais de R$ 134 milhões.

De acordo com os órgãos, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa e Bananeiras. Participaram da ação dois auditores da CGU e de 12 servidores do Ministério Público da Paraíba.

O mandado de prisão preventiva foi direcionado ao irmão do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho, por não cumprimento de medida cautelar.

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