Brasil tem 40.276 mortes por Covid, aponta consórcio de veículos de imprensa

Dados foram atualizados as 13h desta quinta-feira (11) e foram obtidos após uma parceria inédita entre diversos veículos de comunicação

O Brasil tem 40.276 mortes por coronavírus confirmadas até as 13h desta quinta-feira (11), aponta um levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

O consórcio divulgou na quarta-feira (10), às 20h, o terceiro balanço, com os dados mais atualizados das secretarias estaduais naquele momento. Depois desse balanço, oito estados (CE, GO, MG, PE, RN, RR, SP e TO) e o DF divulgaram novos dados.

Veja os dados atualizados às 13h desta quinta-feira (11):

  • 40.276 mortes
  • 787.489 casos confirmados

(Na quarta-feira, 10, às 20h, o balanço indicou: 39.797 mortes, 1.300 nas últimas 24 horas; e 775.184 casos confirmados. Desde então, houve atualizações em CE, DF, GO, MG, PE, RN, RR, SP e TO.)

Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.

O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.

Em um mês, o número de mortes mais do que triplicou no país.

Parceria

A parceria entre os veículos de comunicação foi feita em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19. Personalidades do mundo político e jurídico, juntamente com entidades representativas de profissionais e da imprensa, elogiaram a iniciativa.

Mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na publicação de seu balanço da pandemia reduziram por alguns dias a quantidade e a qualidade dos dados. Primeiro, o horário de divulgação, que era às 17h na gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta (até 17 de abril), passou para as 19h e depois para as 22h. Isso dificultou ou inviabilizou a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. “Acabou matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em tom de deboche, ao comentar a mudança.

A segunda alteração foi de caráter qualitativo. O portal no qual o ministério divulga o número de mortos e contaminados foi retirado do ar na noite da última quinta-feira (4). Quando retornou, depois de mais de 19 horas, passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja, registrados no próprio dia. Desapareceram os números consolidados e o histórico da doença desde seu começo. Também foram eliminados do site os links para downloads de dados em formato de tabela, essenciais para análises de pesquisadores e jornalistas, e que alimentavam outras iniciativas de divulgação.

Entre os itens que deixaram de ser publicados estão: curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica; casos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica; mortes por data de notificação e por semana epidemiológica; e óbitos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica.

Neste domingo (7), o governo anunciou que voltaria a informar seus balanços sobre a doença. Mas mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas.

Nesta quarta (10), o Ministério da Saúde divulgou os dados completos, obedecendo a ordem do STF. Segundo a pasta, houve 1.274 novos óbitos e 32.913 novos casos, somando 39.680 mortes e 772.416 casos desde o começo da pandemia – números menores que os apurados pelo consórcio.

Do G1.