Brasil fica atrás de países vizinhos em ranking do PIB; compare

Produto Interno Bruto brasileiro caiu 0,1% terceiro trimestre, após cair 0,4% nos três meses anteriores, segundo dados revisados

O Brasil aparece mais uma vez perto da ‘rabeira’ no ranking de desempenho econômico entre os países. Segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 0,1% terceiro trimestre, após cair 0,4% nos três meses anteriores, segundo dados revisados.

Com o crescimento da economia negativo nos últimos dois trimestres, o país ficou na retaguarda entre países com desempenho já divulgado.

De acordo com a Austin Rating, o PIB do Brasil no terceiro trimestre ficou abaixo do índice registrado na China, Colômbia, Chile, Espanha e Estados Unidos. Já o Japão registrou taxas inferiores no período.

Veja abaixo:

Ranking de desempenho do PIB — Foto: Arte g1

Ranking de desempenho do PIB — Foto: Arte g1

PIB Mundial — Foto: g1

PIB Mundial — Foto: g1

Cláudio Considera, pesquisador do FGV IBRE, destaca também que a visão dos investidores estrangeiros sobre o Brasil piorou nos últimos meses, fazendo com que eles retirem recursos do país.

“As incertezas que estamos tendo no governo Bolsonaro nos levou a ter esse resultado. Ninguém coloca dinheiro onde imagina que pode não dar certo”, disse.

De acordo com o Banco Central, os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 45,788 bilhões nos dez primeiros meses deste ano, com alta de 33,3% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 34,352 bilhões). Somente em outubro, porém, os investimentos somaram US$ 2,493 bilhões, o menor patamar desde junho deste ano (US$ 693 milhões).

Entre os latino-americanos, Considera afirma que o desempenho econômico do Chile e do Uruguai está acima da média da região, mas pondera que os dois países são pequenos em termos geográficos e têm menor complexidade que o Brasil, por exemplo.

Segundo o Banco Mundial, houve aumento da inflação nos países da América Latina que investiram em programas de transferência de renda durante a pandemia — principalmente o Brasil, com o Auxílio Emergencial, destacado no relatório.

“Em 2021, a incerteza diminuiu, embora permaneça elevada. A incerteza sobre a inflação deverá permanecer acima dos níveis normais até que a pandemia seja controlada e a defasagem entre oferta e demanda seja resolvida”, destacou a instituição.

A Argentina não ficou de fora: tem uma inflação (50,4%) que é quase cinco vezes a do Brasil (10,7%), e mais de oito vezes a do México (6,2%), de acordo com os indicadores oficiais para outubro.

“No Brasil, a questão cambial e o custo da energia elétrica e do combustível agravaram o cenário. Na Argentina, a inflação sempre foi um problema histórico. A própria condução da economia tem sido um erro há anos”, afirmou o economista.

EUA e China

A redução dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos indica que o país está acelerando o processo de retomada econômica e deve crescer 6% em 2021 e 5,2% em 2022, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Do G1.