O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chorou durante uma homenagem póstuma ao músico paraibano Pinto do Acordeon, no Palácio do Planalto. O sanfoneiro, que ficou famoso por acompanhar Luiz Gonzaga, foi autor de um dos jingles da campanha de Bolsonaro na eleição de 2018.
Participaram da homenagem em Brasília, a viúva do cantor, Madalena Alves, e os filhos Cicinho, Moisés e Pinto Júnior.
Bolsonaro discursou após a exibição do vídeo de sua campanha, e com a voz embargada falou sobre o processo de sua eleição, a facada e a relação com a família. Ao falar do ataque que sofreu, alfinetou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
“Eu acho que essa investigação poderia ter chegado ao fim se eu tivesse escolhido melhor um ministro meu, que lamentavelmente não se comportou como tudo aquilo que a população sabia ou esperava dele se comportar”.
Emocionado, o presidente também falou sobre sua relação com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. “Hoje nós temos problemas em casa, mas problemas são superados. E lá começa sua força para você atingir o seu objetivo. Se eu não estiver bem em casa, como posso fazer o bem para o Brasil? Graças a Deus, eu tenho essa força. Temos que seguir o nosso objetivo.”
Bolsonaro comparou a trajetória de Pinto do Acordeon à de seu pai e precisou fazer uma breve pausa para se recompor e finalizar a fala:
“Jamais esperava isso aqui, jamais esperava ser capitão do exército. (…) Jamais esperava ser vereador do Rio de Janeiro. De repente estou na situação máxima do poder executivo. Tenho plena consciência da responsabilidade e daquilo que eu tenho que sacrificar porque eu quero, assim como o Pinto do Acordeon, ser lembrado deixando na história onde se possa dizer: valeu a pena.”