Bolsonaro recebe alta do hospital; saiba como será a rotina do presidente

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu alta nesta quarta-feira (13) após quase três semanas internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. No total, o político ficou internado por 18 dias.

Nas redes sociais, o presidente agradeceu pela recuperação. “Só tenho a agradecer a Deus e a todos por finalmente poder voltar a trabalhar em plena normalidade”, declarou.

De acordo com o último boletim médico do hospital, Bolsonaro recebeu alta “com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral”.

Bolsonaro foi para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e decolou para Brasília por volta das 13h, onde pousou por volta de 14h20.

Ao chegar a Brasília, Bolsonaro foi direto para o Palácio da Alvorada, sua residência oficial. Ele estava acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de assessores no retorno à capital federal.

Veja como será a rotina do presidente após a alta, segundo seu porta-voz:

  • seguirá para o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, onde mora com a família;
  • foi recomendado pela equipe médica para se manter em repouso pelos próximos dias;
  • deverá fazer uma autoavaliação quanto à sua capacidade de promover reuniões, receber ministros e realizar deslocamentos;
  • será monitorado pela equipe de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas já pertencentes à Presidência, além dos cirurgiões em São Paulo, sem reforço de pessoal;
  • a agenda oficial para os próximos dias ainda não foi divulgada e está em aberto;
  • é possível que despache do Palácio do Planalto posteriormente.

O porta-voz também aproveitou a oportunidade para esclarecer pontos levantados de como teriam sido as complicações pós-operatórias do presidente:

  • a pneumonia não teria sido causada pelo uso de dispositivos hospitalares, mas pela aspiração de conteúdo gástrico, condição que pode ocorrer em situações de íleo paralítico prolongado;
  • foi identificado líquido na região do abdômen que foi drenado. Estava com um pouco de sangue, mas sem pus e sem indicação de infecção por bactérias ou vírus. Exames de cultura e de imagem descartaram a ocorrência de fístulas ou outras complicações cirúrgicas;
  • em nenhum momento houve suspeita de câncer.

Saiba mais

Em 28 de janeiro, Bolsonaro passou por uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia que usava em razão do atentado a faca que sofreu em 6 de setembro durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

Para o procedimento – que reconstruiu o trânsito intestinal de Bolsonaro -, ele foi internado um dia antes, 27 de janeiro, e desde então ficou no hospital, onde foi montado um gabinete improvisado para que pudesse despachar, o que passou a fazer dois dias após a cirurgia.