Bolsonaro diz que assassino de petista também foi alvo de agressões

Em nova declaração sobre o assassinato de um filiado do PT em Foz do Iguaçu por um apoiador do governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (12), que o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, autor dos disparos, também foi alvo de agressões. Segundo o presidente, a motivação da morte de Marcelo Arruda ainda deve ser apurada.

De acordo com Bolsonaro, casp Guaranho, que está internado, não resista aos ferimentos, “esses petistas vão responder por homicídio”. Os relatos de testemunhas apontam, entretanto, que Guaranho passou na festa gritando “Aqui é Bolsonaro” e teria prometido voltar, o que veio a acontecer. Câmeras de segurança mostram ele invadindo a festa e atirando contra Arruda.

“Nada justifica a troca de tiros, mas lá fora…Está sendo concluída a investigação pela Polícia Civil do Paraná, talvez concluam hoje, para a gente ver que teve um problema lá fora, onde o cara que morreu, que estava lá na festa, jogou uma pedra no vidro daquele cara que estava no carro pro lado de fora. Depois ele voltou e começou aquele tiroteio lá onde morreu o aniversariante’, disse o presidente, sem explicar como teve acesso a essas informações.

Assita trecho da declaração de Bolsonaro

Em depoimento à Polícia Civil, a mãe de Guaranho confirmou o relato de que seu filho ouvia uma música relacionada ao presidente Bolsonaro. Isso, apontam testemunhas, pode ter motivado a discussão entre eles e que terminou com a morte de Arruda.

A delegada Iane Cardoso disse que, segundo uma testemunha, a música que “remetia a Bolsonaro” teria desagradado o aniversariante. Arruda teria então pedido que Guaranho se retirasse do local de sua festa.

Enquanto ia embora, acabou respondendo algo para o guarda municipal. Segundo a delegada, há um vídeo que mostra essa interação entre eles, mas o conteúdo do que foi dito ainda será apurado a partir dos depoimentos de outras testemunhas.