Boletim aponta redução de 72% de casos de dengue notificados em julho, na Paraíba

Os casos de dengue notificados na Paraíba no mês de julho tiveram uma redução de 72,57% em relação ao mês de junho, de acordo com o 7º boletim epidemiológico, referente ao período de 1º de janeiro a 25 de julho de 2015 (29ª semana epidemiológica), divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde. Em todo estado, no mês de julho, foram notificados 822 casos, enquanto no mês de junho foram 2.997 casos. Apesar disso, a população deve se manter alerta quanto à proliferação do mosquito Aedes aegypti.

A gerente executiva da Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega, explicou que a redução na notificação dos casos de dengue pode estar associada ao período chuvoso, já que a infestação do mosquito é sempre mais intensa no verão, clima que propicia a eclosão dos ovos do mosquito. E fez um alerta aos municípios: “Apesar da redução dos casos notificados,  todos os municípios devem manter a vigilância do controle do mosquito causador da dengue, tendo em vista que o resultado do LIRAa, realizado em julho, sinalizou que em 80 municípios há situação de risco para a dengue”, informou.

O LIRAa é o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti, desenvolvido e adotado pelo Ministério da Saúde, a partir de 2003, para monitorar a densidade larvária, por meio de indicadores. Os resultados, além de apresentarem a média dos indicadores larvários, revelam os espaços com maior densidade de larvas, o que contribui para o direcionamento e, talvez, maior efetividade das ações de combate do mosquito.

Durante o mês de julho, 215 municípios realizaram o 3º levantamento de índices, através do LIRAa e do Levantamento de Índice Amostral (LIA), este último somente para municípios que possuem até 2 mil imóveis. De acordo com esses dados, 80 (35,8%) municípios estão em situação de risco para surto: Alagoa Grande, Alagoa Nova, Alhandra, Amparo, Arara, Aroeiras, Bananeiras, Barra de Santana, Belém, Belém do Brejo do Cruz, Bom Jesus, Brejo do Cruz, Brejo dos Santos, Cachoeira dos Índios, Cacimba de Dentro, Cacimbas, Cajazeiras, Campina Grande, Campo de Santana, Caraúbas, Carrapateira, Catolé do Rocha, Cuité, Curral de Cima, Desterro, Duas Estradas, Esperança, Fagundes, Frei Martinho, Gado Bravo, Imaculada, Ingá, Itabaiana, Itaporanga, Itatuba, Jacaraú, Jericó, Juazeirinho, Junco do Seridó, Juripiranga, Juru, Lagoa Seca, Livramento, Marcação, Matinhas, Mato Grosso, Mogeiro, Montadas, Mulungu, Nova Floresta, Nova Palmeira, Ouro Velho, Parari, Pedra Lavrada, Pedras de Fogo, Picuí, Pocinhos, Princesa Isabel, Puxinanã, Queimadas, Remigio, Riacho dos Cavalos, Salgado de São Félix, Santa Luzia, Santa Terezinha, São Domingos, São João do Rio do Peixe, São João do Tigre, São José dos Ramos, São Sebastião de Lagoa de Roça, Seridó, Serra Grande , Serraria, Solânea, Sousa, Sumê, Taperoá, Teixeira, Triunfo, Várzea.

Foi constatado também que estão em situação de alerta, 99 municípios (44,3%); 36 em situação satisfatória (16,14%) e oito (3,5%) não informaram os resultados de LIRAa e LIA.

Febre Chikungunya – Na Paraíba, até a 29ª semana epidemiológica, foram notificados 11 casos suspeitos de CHIKV: Pombal (1), Alhandra (1), Campina Grande (1), Umbuzeiro (2), Coremas (1), João Pessoa (3), Rio Tinto (1), Cajazeiras (1), sendo cinco descartados e seis estão em investigação, aguardando resultado.

A SES informa que todo caso suspeito de Chikungunya é de notificação compulsória (obrigatória) imediata e deve ser informado, em até 24 horas, ao município, estado e União. Na SES, a notificação deve ser feita pelos telefones: 0800-281-0023/ 3218-7331/ 98828-2522.  

ZIKA Vírus – A SES está em fase de implantação das unidades sentinelas do Zika vírus conforme preconiza o Ministério da Saúde. A Rede Sentinela é composta por unidades de saúde (chamadas de unidades sentinela), que identificam, investigam e notificam, quando confirmados, os casos da doença.

Guillain Barré – No mês de julho, foram notificados sete casos suspeitos de Guillain Barré, no estado, sendo quatro do sexo masculino e três do sexo feminino, cuja faixa etária varia entre 21 a 72 anos. Até o momento, nenhum dos casos teve correlação comprovada com dengue, zika e/ou chikungunya.

“O Ministério da Saúde acompanha, junto aos Estados, os casos diagnosticados de Guillain Barré e mesmo não se tratando de uma doença de notificação compulsória, conforme portaria 1.271/2014 MS, a Secretaria de Estado da Saúde recomenda que seja feita a comunicação às áreas técnicas da Secretaria”, disse Renata Nóbrega, que ainda informou que a comunicação deve ser feita à Vigilância Epidemiológica; ao Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas e a coordenação dos Núcleos Hospitalares de Vigilância Epidemiológica por meio dos telefones 3218-7331/3218-7381/3218-7317.