Beltrammi comenta recomendação da Anvisa para entrada de viajantes no Brasil

Em nota técnica, a agência sugeriu que sejam suspensos os desembarques de Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia

O secretário Executivo de Saúde da Paraíba, Daniel Beltrammi classificou como sensata a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que seja solicitado o passaporte vacinal contra a Covid-19 para entrada no Brasil.

“A recomendação da Anvisa, que é conhecer a situação vacinal para acesso ao país é uma recomendação minimamente sensata, condizente não só com o momento, mas com a política sanitária do Plano Nacional de Imunização do Brasil. Essas medidas me parecem proporcionais e do foro da agência, que vai acompanhar a questão da saúde em âmbito nacional em portos e aeroportos”, explicou.

Em nota técnica divulgada no último dia 27 de novembro, a agência sugeriu que sejam suspensos os desembarques de voos que partam de Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia, devido à variante Ômicron.

De acordo com Beltrammi, em entrevista ao programa F5, da 89 Rádio Pop FM, algumas restrições de voos vão permitir que as nações ganhem tempo para preparar as medidas de contingência e acompanhar com mais clareza como circula o vírus em todo o mundo.

“Um país que tem um processo de vacinação que segue evoluindo, como por exemplo, o Brasil, precisa poder considerar a possibilidade de, no momento de entrada de seus viajantes, com permanência definitiva ou temporária no país, que naquele momento a gente possa conhecer a situação vacinal de quem está ingressando no país”, destacou.

Ontem (30), o diretor da Anvisa, Alex Campos defendeu medidas de contenção e alertou para a demora do governo em exigir as vacinas de quem entra no país, o que enfraquece as ações da autarquia.

“Não existem medidas infalíveis — digo heroicas — nessa luta. O grande esforço é pela contenção. Temos que continuar em vigilância nas fronteiras, por exemplo, e exigir vacinas para quem entra no país. A demora do governo para adotar as medidas enfraquece o esforço empreendido. Por sua vez, as medidas não farmacológicas devem persistir, especialmente o uso das máscaras e evitar as aglomerações. Falar em carnaval é precipitado. Evitar grandes eventos, recomendável”, afirmou ao g1.

A Ômicron (B.1.1.529), descoberta na África do Sul, já foi detectada em ao menos 24 países e territórios, e várias nações já restringiram voos devido à nova cepa.

Assista a entrevista na íntegra a partir de 1:47:45