Bayeux clama por eleições diretas já!

Bayeux clama por eleições diretas jáMesmo com a descabida orquestração de um grupo de vereadores sob o comando do prefeito interino Noquinha (PSL), cresce em Bayeux um movimento popular que anseia por eleições diretas na cidade.

O objetivo do movimento é tirar Bayeux dos caos em que a cidade se encontra e, ao mesmo tempo, oportunizar que a população possa, de maneira livre e soberana, escolher o novo prefeito do município, assim como vai ocorrer nos próximos dias em Cabedelo.

O problema é que o interino Noquinha provou e gostou do poder. A ele, por determinação imposta pela Justiça com a cassação do mandato do vice-prefeito Luiz Antônio (PSDB), foi dado o prazo para governar a cidade até o último dia de 2018.

Só que, com o dia 31 de dezembro se aproximando, Noquinha começou a se movimentar para permanecer no poder. Suspeita-se que o interino vem arquitetando um plano nos porões do legislativo para cassar em definitivo o mandato do prefeito afastado Berg Lima (sem partido) e, com isso, não entregar para outro o comando de uma das prefeituras mais importantes da Paraíba.

A ideia de Noquinha seria cassar Berg e forçar uma eleição indireta na Câmara de Vereadores, tirando assim, o direito do povo de Bayeux de escolher o próximo prefeito. Na visão do interino, que amarga uma esmagadora reprovação popular, seria muito mais fácil permanecer no poder tendo que se submeter a um universo de apenas 17 eleitores, no caso os 17 vereadores que compõem o Poder Legislativo.

A favor do interino conta um dispositivo na Lei Orgânica do Município que prevê eleição indireta para a escolha do prefeito da cidade em caso de vacância do cargo. É o que aconteceria com a eminente cassação de Berg Lima, que mesmo afastado do cargo por força de decisão judicial, se mantém como prefeito do município.

Água no chope de Noquinha…

Contra Noquinha, no entanto, pesa um movimento popular que surgiu de forma espontânea, clamando por eleições diretas no município. Atenta, a vereadora Luciene de Fofinho (PSB) apresentou um projeto modificando a Lei Orgânica do Município, para evitar a realização de eleição indireta em caso de vacância do cargo de prefeito também no segundo biênio, como já prevê a legislação eleitoral em vigor no país.

A proposta da parlamentar socialista, contudo, vem sofrendo resistência por parte de vereadores aliados de Noquinha, que agora tentam empurrar para o ano que vem a votação do projeto. Uma estratégia clara para evitar que a modificação na Lei Orgânica, caso aprovada, não atinja o interino.

A pergunta que não quer calar…

Os vereadores de Bayeux vão ter coragem de peitar a população e ignorar o clamor por diretas já?