O vereador Lucas de Brito (PSL) apresentou requerimento na Câmara de João Pessoa (CMJP) para ouvir representantes da Controladoria Geral da União (CGU) sobre o relatório do órgão federal que aponta diversas irregularidades da obra do Parque Solon de Lucena (Lagoa) e desvios na ordem de R$ 10 milhões.
O requerimento acabou rejeitado pelo plenário da Câmara. “Dúvidas ficaram pendentes”, justificou o vereador Lucas de Brito no seu pronunciamento em defesa do pedido.
Na manhã da última segunda-feira (25) a CMJP realizou reunião da Comissão de Políticas Públicas para discutir as obras da Lagoa. Na ocasião foi apresentado relatório da Caixa Econômica Federal, que descarta qualquer irregularidade na obra. Estiveram presentes apenas órgãos vinculados a Prefeitura de João Pessoa. A CGU e outros não foram convidados;
“Essa Casa precisa ouvir a CGU para que haja contraditório, para que não haja um trabalho unilateral de protecionismo, de blindagem da Prefeitura e a atitude de não aprová-lo mostra realmente que a Casa está muito mais comprometida em proteger o prefeito do que chegara realidade dos fatos”, defendeu ele.
Colega de Lucas na bancada de oposição na CMJP, o vereador Raoni Mendes (DEM) corroborou com a fala dele e destacou que a Caixa não é responsável por fiscalizar as obras da Lagoa, somente repassa a verba para executa-las, e portanto, não tem legitimidade para respaldo sobre sua regularidade.
“A gente tem a oportunidade de fazer a democracia acontecer. Não aprovar ouvir a CGU é o mesmo que que colocar as dúvidas de sempre (sobre a obra da Lagoa). Qual é o receio?”, provocou Raoni.