Coincidência e estranheza, essa é a opinião do pré-candidato a prefeito pelo PSB, João Azêvedo, sobre a bancada do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) ter protocolado o pedido de três Comissões Parlamentar de Inquérito (CPI), após a bancada de oposição ter protocolado o pedido da CPI da Lagoa.
“É muita coincidência e é até estranho, que em um momento como esse quando, a oposição lança uma CPI baseada em um relatório da Controladoria Geral da União, a Câmara decida fazer mais três, quatro, cinco CPIs”, criticou.
Mesmo assim, para João, isso ainda não caracteriza que a situação queira fazer manobras para impedir a implantação da CPI, agora, de acordo com ele, se caso não se respeite a ordem de entrada das CPIs se caracterizaria manobra.
“Só poderão acontecer concomitantemente três CPIs e se por acaso escolherem as outras três últimas e não a primeira que foi dada entrada, ai sim fica caracterizada de que há uma manobra para que não funcione a CPI da Lagoa, entretanto eu não acredito que isso não vá acontecer”, explicou.
O pré-candidato socialista rebateu os argumentos da bancada de situação de que a intenção da implantação da CPI em um ano eleitoral teria cunho eleitoreiro.
“A bancada de oposição vem tentando instalar essa CPI á muito tempo, só agora conseguiu as assinaturas com número ideal para implantar. Então eu não acho de forma alguma que tenha esse cunho eleitoreiro. Se pudesse ter sido implantado no ano passado, quando saiu o relatório, ótimo, mas não foi possível, acho que agora os vereadores estão fazendo o seu papel esse é o papel da Câmara”, relatou.
A outra lenda de que o pedido de CPI teria o “dedo” do governador Ricardo Coutinho (PSB), também foi desfeita por Azevêdo.
“Esse é o discurso da tentativa de tirar o foco do que é mais importante, que é a apuração. Claro que não houve isso, o Palácio da Redenção não tem nada a ver com a Câmara, não tem nada a ver com vereadores diretamente, tem a ver com a cidade de João Pessoa. Os vereadores levantaram essa questão, estão apresentando uma CPI e ponto final”, finalizou.