Áudios atribuídos a Eduardo Bolsonaro pedem manutenção de protestos

Áudios que circulam nas redes sociais, atribuídos ao deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Bolsonaro (PL), solicitam que manifestantes mantenham as interdições nas rodovias do país em protesto à derrota do presidente nas eleições.

“Não adianta agora a reclusão de todos nós, a reclusão dele nos dar um recado, e esse recado é claro. Golpe não. Sofremos um golpe por um algoritmo, por um sistema que se perpetua há 26 anos, desrespeitando princípios constitucionais basilares e agora nós não iremos aos milhões às ruas? Mostrar o diametralmente oposto do que nas urnas foi mostrado? Nas ruas de verde amarelo, dizendo que não aceitamos que um condenado que foi descoordenado por um militante do MST, inclusive nomeado pelo próprio Lula ao STF para que ele pudesse concorrer às eleições. O presidente Bolsonaro precisa de todos nós agora. Ele não foi colocado à toa, ele não está lá para brincar”, diz o áudio atribuído ao deputado.

Em outro áudio, o comando é de que a mensagem seja divulgada para que o movimento cresça.

“Envia este áudio aqui, para todos os grupos que puder. Faça as pessoas irem às ruas aos milhões. A maior manifestação da história. Entendam o recado. Faça crescer o movimento. Simples. Vocês só tem que fazer isso agora. Faça crescer o movimento. Não percam a única oportunidade que nós temos”, conclui.

Em outro áudio, um apoiador do presidente Jair Bolsonaro descreve qual seria a estratégia do presidente para conseguir dar um golpe de Estado.

“Bolsonaro não vai aparecer dizendo que vai decretar o artigo 142. Ele vai fazer um discurso aceitando  o resultado das urnas, mas é uma estratégia dele. Porque nós é que vamos pedir a intervenção, porque se ele falar isso, eles vão entrar com uma ação contra ele dizendo que está incitando o ódio, a balbúrdia e criando dificuldade nas eleições. Então ele será acusado e perseguido e preso”

“Temos que pensar. Ele vai ter que falar que aceitou, mas ele está confiando na gente. Agora é nossa vez. Se ele disser que vamos para cima, babou. Tem que partir de nós”, diz uma pessoa em áudio.

A reportagem tentou entrar em contato com o deputado por meio de dois telefones celulares, mas os dois estavam fora de área.

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