Audiolivro sobre rock baiano será lançado na Usina Cultural

A Livraria da Usina lança nesta sexta-feira, 29/01, às 19h, o audiolivro Rock Baiano – História de uma Cultura Subterrânea, do escritor baiano Edinilson Sacramento.

Lançado inicialmente em Salvador com o apoio da Fundação Gregório de Mattos, o audiolivro é resultado de 10 anos de pesquisa sobre o cenário do rock da Bahia, entre o final da década de 60 até os dias atuais. O lançamento da obra em João Pessoa teve apoio do Edital de Intercâmbio do Ministério da Cultura.
Sobre o autor
Ativista na área dos direitos humanos e acessibilidade cultural, Ednilson Sacramento é licenciado em História, Bacharel Interdisciplinar em Humanidades com área de concentração em Políticas e Gestão da Cultura (IHAC/UFBA) e graduando em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo (FACOM/UFBA). Editor de fanzines, produtor
independente e frequentador de shows do cenário underground, Sacramento viu nascer nas ruas da cidade de Salvador um movimento que lhe chamou a atenção: era a manifestação de uma subcultura na capital baiana, inerente aos grandes centros urbanos, e que combinava música e atitude, produção artística e engajamento político. Tendo como
ponto de partida a rebeldia de grupos punks ocorrida no início da década de 1980, a abordagem do livro centra seu foco no movimento do rock verificado na Bahia desde o final da década de 60 até meados do ano de 1998, com certa atualização dos dias atuais graças a colaboração do jornalista Luciano Matos.
A obra também cumpre a função de subsidiar futuras pesquisas e, ao mesmo tempo, atender a uma lacuna da memória cultural da Bahia. A obra relata a trajetória do rock na Bahia, cobrindo momentos do cenário independente e fazendo referências a nomes populares, como relatou o crítico Paquito no portal Terra Magazine: “Estão lá o início de Raul Seixas e Valdir Serrão, o Big Ben nos anos 60, o Mar Revolto dos anos 70, a trajetória do Camisa de Vênus, ‘um capítulo à parte’ nos anos 80 e, a partir daí, um detalhamento impressionante das bandas e do circuito local – a ‘cultura subterrânea’ a que o título se refere – num período em que o rock brasileiro entrou na moda, mas na Bahia vicejou a indústria da música ligada ao carnaval, que resultou no que passou a se chamar de Axé-music.” A obra foi narrada por artistas e comunicadores, como Angelina Yoshie (Globo FM), Gabriel Amorim (Palco do Rock), Leticia Shwartz (Mil Palavras), Carlos Bonfim (Latitudes Latinas / UFBA), Robson Véio (Coletivo Mais Q Três), Gabriela Braga (CBN), dentre outros.
A ilustração da capa, de autoria de Marcos Rodrigues, foi mantida do original impresso; a edição de áudio foi feita por Dudu Assunção e o projeto gráfico foi elaborado pelo designer Nêio Mustafá. A produção do roteiro e textos originais ficou por conta de Ednilson Sacramento.