Um suposto áudio atribuído a uma reunião entre pais de alunos e a direção do colégio Geo Tambaú, que aconteceu na segunda-feira (11), vazou na manhã desta terça-feira (12). Na conversa, a direção da escola “abafou” o possível crime de abuso sexual de uma criança de oito anos por alunos do ensino médio até mesmo dos próprios pais dos alunos, que sequer foram comunicados do caso. As infrações aconteceram em maio do ano passado. Ouça:
Na reunião, o diretor-geral do Geo Tambaú e Sul, identificado apenas como professor Roberto, informou que o colégio teve cuidado em tratar sobre o caso por envolver menores de idade, e que o Geo acompanhou de perto o que pôde do processo.
Roberto comunica que a partir desta terça-feira os alunos que forem ao banheiro vão ser acompanhados. “Só porque foi exposto, se não tivesse sido ia ficar inseguro de todo jeito”, retruca uma mãe. “Tiveram conhecimento em maio, e só a partir de amanhã que vai colocar uma pessoa para acompanhar”, rebate um pai.
A medida gera polêmica entre os pais e os ânimos se exaltam um pouco na reunião. “Absurdo. É para fechar esse colégio. Eu teria vergonha de dizer isso”, afirma a mesma mãe.
Uma das mães questiona se não há fiscais na instituição, Roberto confirma que há os chamados “assessores pedagógicos”, que dão apoio aos professores e alunos.
O colégio chegou a questionar se o crime de fato teria acontecido. “Por várias vezes chegamos a questionar o fato disso ter ocorrido ou não”, afirma Roberto.
Os pais se revoltam com o Geo Tambaú por tomar providência somente quase um ano depois do caso. “O Geo acabou!”, grita um pai, o que desencadeia um abandono coletivo da reunião. O áudio finaliza neste ponto.