Atrizes paraibanas reforçam importância da representatividade da mulher na arte

Nordestinas. Artistas. Obstinadas. Mais do que isso, Zezita Matos e Mayana Neiva partilham vivências semelhantes na vida profissional. No Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta segunda-feira (8), as atrizes paraibanas relataram desafios e reforçaram a importância da representatividade feminina no mundo da arte.

Zezita, de 78 anos, recordou que o início da carreira não foi fácil. Ela enfrentou preconceitos da própria família.

“Não deixe Zezita fazer teatro porque é coisa de prostituta”, disseram alguns parentes ao pai dela, conforme relatou.

Depois dos conselhos de alguns familiares, as aulas dela passaram a ser acompanhadas pelos irmãos mais novos.

Mesmo tento vivido inúmeros contratempos desde os primeiros passos da própria trajetória, ela acredita que ainda há um longo caminho pela frente.

Do G1.

“A gente ainda tem muito o que lutar. Tenho que fazer filmes, teatro e fazer tudo o que for resistência. A mulher é igual ao homem. A gente tem que somar e desmistificar tudo isso. É uma história de repressão”, destacou.

Com experiências semelhantes na área profissional, Mayana Neiva ressaltou a necessidade de movimentos de resistência feminina.

“Acho que é muito importante o que vem acontecendo, esse levante feminino no mundo. Pra gente atentar contra uma série de preconceitos de todo os níveis”, reforçou.

A atriz lembrou, ainda, as várias faces do preconceito contra a mulher. Uma delas, revelada através da diferença salarial para profissionais de sexos opostos, que desempenham a mesma função.

“A gente tem um reparo histórico a ser feito em relação a todas as mulheres. Fico feliz da gente pode olhar pra ele [preconceito] hoje como algo que tem que ser curado e sanado. Meu desejo é que a gente acolha o feminino dentro e fora de nós”, concluiu.

Do G1.