Atriz registra boletim de ocorrência após ser hostilizada por manifestantes

Letícia Sabatella esteve no 1º Distrito da Polícia Civil em Curitiba na tarde deste domingo, 31, para prestar boletim de ocorrência. A atriz foi hostilizada por manifestantes favoráveis ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff neste domingo na Praça Santos Andrade, no Centro. Segundo informações da Polícia Civil, Letícia prestou depoimento na presença do advogado Nasser Allan e em seguida foi liberada.

Em seu perfil no Instagram, a atriz registrou com um vídeo o momento dos ataques que sofreu: “Não fui provocar ninguém, passava pela praça antes de começar a manifestação e parei para conversar com uma senhora. Meu erro. Preocupa esta falta de democracia no nosso Brasil. Eles não sabem o que fazem”, esclareceu na legenda das imagens. Letícia precisou de proteção policial ao passar por um grupo contra Dilma e ouviu gritos de “p…” e “sem vergonha”.

Em conversa com o EGO na manhã desta segunda-feira, o advogado Nasser Allan esclareu as medidas tomadas por Letícia ao registrar o boletim de ocorrência. “Ontem foi feito o registro da ocorrência na Polícia Civil em que foram indicados os fatos e noticiamos as agressões. Hoje estamos buscando a identificação dos agressores. A partir do momento que foram identificados, a Letícia vai ter seis meses para entrar com uma notificação judicial.”

Segundo Nasser, algumas pessoas que participaram da ação já foram identificadas. “Alguns já foram identificados, mas nem todos. Agora o processo é de individualizar as ações, em que cada sujeito seja responsabilizado por sua ação. Em princípio são crimes contra a honra da Letícia, com uma ação penal, e também de injúria, com uma ação civil por difamação.”

Sabatella fala sobre o caso em vídeo

Na página oficial da senadora Gleisi Hoffmann no Facebook foi transmitido um vídeo ao vivo da delegacia em que a atriz relata os momentos em que ela foi vítima de xingamentos na capital paranaense.

“Tudo começou parecendo que ia ser uma coisa amigável… A falta de argumentação que acabou transformando em xingamento… Eles me acompanharam até a porta do apartamento que eu estava, o meu medo foi esse. Senti necessidade de efrentar aquelas pessoas com a calma que eu estava sentindo. É como se eles tivessem me transformado em um objeto codificado”, contou Letícia ao lado da professora de história Julia Mainardes.

As informações são do EGO.