Associação dos Ambulantes vê com tristeza recurso judicial da PMJP contra “onze pais de famílias”

A presidente da Associação dos Ambulantes e Trabalhadores em Geral da Paraíba (Ameg), Marcia Medeiros, recebeu com tristeza a notícia de que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) obteve a derrubada de uma liminar que garantia a onze famílias montarem suas barracas na Festa das Neves.

“Estamos neste momento sabendo que a Prefeitura recorreu da ação que foi favorável a onze pais de famílias que poderiam voltar a trabalhar na Festa das Neves, a qual já estavam trabalhando. A gente fica muito triste porque a gente sabe que estas pessoas trabalham na Festa das Neves há mais de 20 anos, sobrevivem de eventos e é a única renda de suas famílias”, lamentou.

+ Justiça derruba liminar e proíbe ambulantes de atuarem na Festa das Neves

+ PMJP perde disputa judicial e será obrigada a acomodar ambulantes na Festa das Neves

Marcia ressaltou que, diferente do que alega a gestão Cartaxo, tais famílias não ultrapassavam o número de 200 comerciantes, que foi definido no edital da Secretaria de Desenvolvimento Urbano para cadastrar os comerciantes que iriam trabalhar nos festejo. Ela lembrou que o espaço para os comerciantes foram deixados vagos em consenso dos próprios ambulantes e que eles não iriam ocupar nenhum ambiente que pudesse trazer impacto ao patrimônio do município

“Deixando claro que essas pessoas não passam do número de 200 que foi aberto no edital. O que acontece: alguns ambulantes que foram inscritos trabalham apenas com isoporzinho, vendendo cerveja. Esses irão trabalhar no Ponto de Cem Réis apenas nos dias de shows. E esses outros que trabalham com barracas iriam ocupar os espaços que foram disponibilizados e que sempre foram usados por eles nesses eventos. A própria associação, os próprios ambulantes em consenso, já tinham deixado esse espaço em vazio. Essas pessoas não tinham ocupado nenhuma calçada a mais, não influenciaram em nenhuma questão de patrimônio público, privado ou histórico. Tudo foi respeitado. Nós só queremos o direito de que essas pessoas trabalhem, porque é de lá que elas tiram o seu sustento”, esclareceu.