Artista cria “caça ao tesouro” mundial com pen drives e inclui o Brasil

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Projeto do artista alemão Aram Bartholl (à direita) implanta pen drives em paredes em locais públicos

Há cerca de cinco anos o artista alemão Aram Bartholl desenvolveu um projeto chamado “Dead Drops”, que consiste em criar uma rede anônima de compartilhamento de arquivos por todo o mundo. A diferença, porém, é que não é na internet, mas por meio de pen drives cimentados em paredes e objetos em espaços públicos.

Cada unidade de armazenamento é colocada vazia, com exceção de um único arquivo de texto, “readme.txt”, em que o projeto é explicado para os desavisados. A ideia é que qualquer pessoa possa participar, tanto na instalação quanto no uso e compartilhamento de arquivos nos pen drives.

“Em uma era crescente de computação em nuvem e novos dispositivos extravagantes sem acesso a arquivos locais, precisamos repensar a liberdade e distribuição de dados”, diz o alemão em seu manifesto.

Bartholl começou o projeto durante sua estadia em Nova York como artista residente no projeto de tecnologia criativa Eyebeam, em outubro de 2010. “Dead Drops” fez parte da exposição “Talk to Me” no MoMA, entre julho e novembro de 2011.

Segundo o site oficial do “Dead Drops”, já existem até o momento mais de 1.600 pen drives instalados em cidades como Nova York, Berlim, Barcelona, Roterdã e Paris. No Brasil, há em Salvador, Florianópolis, Rio de Janeiro, Campinas (SP), Ivoti (RS) e Recife, catalogada como a única unidade em funcionamento no país. Esta fica sob a estátua do poeta e compositor Antônio Maria, na Rua do Bom Jesus, no Recife Antigo.

O site do projeto também explica como incluir um pen drive no meio da cidade. Basicamente acha-se uma rachadura ou buraco em uma área pública; encaixa o pen drive com a parte metálica para fora; aplica cimento e depois tinta de retoque da mesma cor da parede; tira-se fotos de plano geral, médio e detalhe do local; publique as fotos e a localização no site; e pronto.

Bartholl prefere que as pessoas pluguem seus laptops direto na entrada USB, mas não é contra o uso de cabos extensores.

Reprodução/Google e Dead Drops
Detalhe do pen drive oculto no pé da estátua de Antônio Maria, no centro do Recife
As informações são do Uol.