Aprovação de Bolsonaro supera reprovação pela primeira vez desde maio de 2019

Dados divulgados pela agência Reuters mostram que 39% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom, e 36% como ruim ou péssimo

Pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta sexta-feira (14) revela que pela primeira vez desde maio de 2019 a aprovação do governo Jair Bolsonaro superou numericamente – dentro da margem de erro – a reprovação.

Dados divulgados pela agência Reuters mostram que 39% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom, e 36% como ruim ou péssimo. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O estudo ouviu mil pessoas entre 8 e 11 de setembro.

Essa é a quinta pesquisa consecutiva que mostra o crescimento da aprovação do governo.

Pior já passou


Em relação à pandemia, 60% acreditam que “o pior já passou” – diante de 52% no levamento realizado em agosto. “O pior ainda está por vir” recuou para 32% em setembro, contra 41% em agosto.

A maior parte dos entrevistados –52%– considera que uma vacina contra a doença estará disponível para a população nos primeiros 6 meses de 2021, enquanto 22% avaliam que ela só estará disponível no segundo semestre do próximo ano. Outros 10% disseram acreditar que ela estará disponível ainda neste ano.

Quando a pergunta é sobre o enfrentamento à crise por parte de Bolsonaro, também foi mantida a linha de alta entre os que consideram a ação do presidente ótima ou boa – a avaliação positiva nesse quesito subiu de 24% para 28%.

O resultado ainda é bem inferior à parcela da população que considera a atuação de Bolsonaro como ruim ou péssima, de 49% (oscilando 1 ponto para baixo em relação a agosto).

Sobre a decisão de Bolsonaro de prorrogar o auxílio emergencial, mas no valor de 300 reais e não de 600 reais, 47% responderam ser “ótima” ou “boa”. Outros 24% avaliaram a decisão como “regular” e 25% como “ruim/péssima”.

Reforma Administrativa


Quando a pergunta é sobre a economia do país, 48% responderam que ela está “no caminho errado”, enquanto 38% avaliam que ela está “no caminho certo”. Em agosto, 46% consideravam que ela estava no caminho errado e 38%, no certo.

A pesquisa ainda incluiu entre as perguntas uma questão sobre a reforma administrativa. No estudo, 56% são favoráveis à flexibilização de regras de estabilidade do servidor público – eram 52% em novembro de 2019, última vez que a pergunta entrou na pesquisa. A fatia que defende a manutenção das atuais regras passou de 39% para 32%.