Após paralisação, guardas de JP estariam sofrendo assédio moral e cortes em gratificações

Após a paralisação realizada pelos Guardas Municipais na última quarta-feira (21), que foi decidida em Assembleia Geral da categoria, em função da falta de diálogo da administração municipal quanto as demandas dos servidores da GM, o presidente do Sindicato José Luiz Silva de Arruda está denunciando uma perseguição realizada pelos superiores da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania aos participantes da mobilização, incluindo o próprio presidente do sindicato, que teve sua cessão de trabalho no sindicato cancelada.

Segundo José Luiz, pelo menos, sete dos participantes tiveram cortadas gratificações e vêm sofrendo assédio moral por parte dos superiores do comando e da secretaria. “Nossa mobilização foi inteiramente legal e pacífica, visto que é um direito do trabalhador fazer reivindicações salariais, principalmente no nosso caso, que temos o pior salário do país, incluindo menor do que os colegas da região metropolitana de João Pessoa, como por exemplo, Conde e Bayeux”, lembra José Luiz. Ele ainda alerta que as gratificações estão defasadas, a alimentação disponibilizada para os servidores da GM é de péssima qualidade, deixando alguns doentes, inclusive, entre outras reivindicações que vão desde a implantação de um Plano de Carreira para a categoria, até equipamentos de trabalho e atualização com cursos de defesa pessoal.

“Precisamos levar essas denúncias ao Ministério Público, Prefeitura Municipal e outras instâncias que possam tomar providências, pois a situação se agrava a cada dia, tendo um novo servidor destituído de sua função, com perda de posto e gratificação, precisamos deixar claro que a mobilização é inteiramente respaldada pelo direito do trabalhador e lutar por um trabalho digno com uma remuneração justa e condições adequadas, sem discriminação e perseguição”, protesta o vereador Marcos Henriques que tem acompanhado a luta da categoria e tentando abrir um diálogo com a administração municipal.