Após indisposição, deputado justifica postura do PMDB: “é assim que sobrevive”

Candidatos inexistentes nas cidades de João Pessoa e Campina Grande. Esse foi o discurso do deputado federal e pré-candidato a prefeito de João Pessoa pelo PMDB, Manoel Júnior, em entrevista ao Paraíba Já, na manhã desta quinta-feira (04), ao rebater o presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas.

Sobre a nota lançada pelo presidente do PSB, em que cobrava reciprocidade dos partidos que compõem a base aliada do governador, Manoel Júnior não hesitou. “No tocante à João Pessoa, eu não tenho mais o que dizer porque isso já está definido, não há o que acrescentar. E em relação ao governo, eu não participo da gestão de Ricardo Coutinho porque não ajudei esse governo, votei contra ele no segundo turno. Agora, ai do governo e do PSB se não fosse o PMDB, porque eu não sei se a Paraíba lembra, mas no primeiro turno quem ganhou foi Cássio Cunha Lima. Ricardo só ganhou por conta do apoio PMDB, então se alguém deve ter reciprocidade, é justamente o governo e o próprio PSB que se valeu da vitória do seu candidato a Governo do Estado”, afirmou.

E continuou. ”O PMDB tá cumprindo sua tarefa partidária, política  e institucional de ter candidato em todas as cidades que possa ter. É assim que o partido sobrevive. Se nós formos comparar candidaturas, por exemplo, o PSB deveria apoiar o PMDB em João Pessoa e em Campina Grande porque os candidatos do PSB nessas duas cidades não existem. Acredito que o senador Maranhão vai tratar disso com mais propriedade, porque ele apoiou Ricardo no segundo turno, eu não. Mas em relação em João Pessoa, essa nota do presidente do PSB nada interfere no nosso curso natural”, disse.

O deputado criticou a postura do PSB.“Eu acho um despreparo do presidente estar fazendo cobrança de uma coisa que nenhum partido cobra. Na política, os apoios que são dados, o PMDB nunca cobrou nada. Participa do Governo, porque, efetivamente, já tinha feito um gesto. Agora, João Pessoa que está fora desse contexto, pois já tem candidatura própria, estamos construindo um momento diferente, a gente vai caminhar com uma aliança que nós estamos nos propondo nos partidos que gravitam no campo da oposição. Não podemos ser atores coadjuvantes de uma cena que nós somos protagonistas. O PMDB vai ser ator principal. Se o governador tem um candidato ele que cuide do candidato dele e deixe a aliança dos outros” rebateu.