Após fala, aliados do centrão dizem que Queiroga busca voto ‘negacionista’

Integrantes do governo afirmam que houve uma reunião com o presidente, mas não houve pedido para fazer qualquer discurso ideológico

Vice-presidente da CPI da Covid-19 ameaça indiciar Marcelo Queiroga
Ministro Marcelo Queiroga - Foto: Sérgio Lima

A fala do ministro Marcelo Queiroga (Saúde) na terça-feira (7), que disse que é “melhor perder a vida do que perder a liberdade”, foi criticada até por aliados do centrão – dentro do governo na cúpula da Câmara dos Deputados.

Auxiliares políticos de Jair Bolsonaro (PL) ouvidos pelo blog da Andréia Sadi, do g1, avaliam que a fala foi “exagerada”, mas teve destino certo: conquistar votos da base negacionista do presidente.

Queiroga quer ser candidato em 2022.

Integrantes do governo afirmam que houve uma reunião com o presidente para definir o conteúdo da coletiva ontem, mas dizem que não houve pedido do presidente para fazer qualquer discurso ideológico.

Portanto, a declaração de Queiroga – que é médico – foi uma iniciativa dele, o que surpreendeu até quem participou das conversas de ontem no Palácio do Planalto.

O blog apurou que, além do núcleo político dentro do governo, parlamentares do centrão –que fazem parte da base do governo e avalizaram a indicação de Queiroga para a Saúde – procuraram interlocutores de Bolsonaro para criticar a fala do ministro.