A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) negou, nesta quinta-feira (20) que nada tem a ver com a denúncia do cantor Totonho e que o cachê pago foi o estipulado em contrato. A informação foi passada pela assessoria de comunicação do órgão através de uma nota, que ressalta ainda “que não cabe à Funjope nada mais além de lamentar o ocorrido causado por outrem”. A nota também não aborda a diferença do cachê do contrato e do Portal da Transparência da Prefeitura de João Pessoa.
Leia mais:
Mais um: sambista denuncia calote e até “sumiço” de contratos da Funjope
Cantor paraibano denuncia fraude da Funjope em pagamento de cachê
Veja abaixo a nota na íntegra.
NOTA
A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) nega, com veemência, que tenha fraudado cachês de quaisquer artista e repudia que informações levianas sejam dirigidas a uma fundação pautada pelo trabalho e transparência.
O artista Totonho foi contratado pela Funjope através de sua representante legal, Anne Fernandes, que apresentou a esta fundação um contrato de exclusividade com o artista, registrado em cartório e conforme a legislação vigente.
Por fim, coube a Funjope pagar o cachê descrito em contrato, e que nenhum funcionário desta fundação o obrigou a assinar qualquer documento e que se assim ele o fez, o fez de própria vontade.
Portanto, se agora o artista queixa-se de divergência de valores, que procura resolvê-lo com a devida representante legal, uma vez que não cabe à Funjope nada mais além de lamentar o ocorrido causado por outrem.
Atenciosamente,
Funjope – Fundação Cultural de João Pessoa
João Pessoa, 20 de outubro de 2016
A denúncia
Mais cedo, via Facebook, o cantor paraibano Totonho denunciou que a Prefeitura de João Pessoa, através da Funjope, fraudou seu cachê em um show realizado no dia 22 de fevereiro deste ano. Segundo relato, o seu grupo musical se propôs a tocar por R$ 3 mil naquela ocasião e o valor divulgado pela Prefeitura no Portal da Transparência é de R$ 7 mil.
Além disso, Totonho ressaltou que a todo instante funcionários da Funjope o obrigaram a assinar o contrato via uma produtora, que ainda ficou com 20% do valor do contrato. O artista ressalta também que esteve na Funjope para questionar o assunto e tanto o processo não foi encontrado como ele e sua advogada não foram recebidos pelo diretor de convênios.
“Estamos diante de fraude de assinaturas e contratos para financiar a campanha política que acabara de acontecer?”, questionou Totonho no final da sua postagem.
Confira abaixo a postagem do cantor.
