Após críticas, Amazon remove enfeites de Natal referentes a campo de concentração nazista

Em meio a uma enxurrada de críticas, a gigante do comércio online Amazon removeu de sua página objetos com imagens do antigo campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, que estavam sendo vendidos como lembranças natalinas por uma loja dentro do site.

Abridores de garrafa, mouse pads e enfeites para árvores de Natal eram comercializados como “lembranças de viagens”, junto a peças decorativas de cidades e monumentos de todo o mundo.

Em um post no Twitter, o Museu de Auschwitz criticou duramente a venda de produtos alusivos ao maior campo de concentração utilizado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

“Auschwitz em um abridor de garrafas é bastante perturbador e desrespeitoso”, publicou o museu neste domingo (1º), pedindo que a gigante do varejo online removesse os itens.

Centenas de usuários reagiram à postagem e também pediram a remoção dos produtos, inclusive entrando diretamente em contato com a Amazon.

Um porta-voz da companhia disse à DW que os itens foram retirados do site. “Todos os vendedores devem seguir nossas diretrizes de venda, e aqueles que não o fizerem estarão sujeitos à ação, incluindo a possível remoção de sua conta. Os produtos em questão foram removidos”, declarou.

Tweet do Auschwitz Memorial — Foto: Reprodução G1/ Twitter Auschwitz Memorial

Apesar de os objetos terem sido retirados do ar, a loja do vendedor permaneceu aberta.

No início deste ano, a Amazon já havia enfrentado reações negativas na internet por vender tapetes e sapatos com imagens de deuses hindus. Milhares de usuários de mídias sociais pediram, principalmente na Índia, boicote ao site de compras.

O Museu de Auschwitz utiliza regularmente as redes sociais para chamar atenção para as atrocidades cometidas pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial e também para recordar vítimas do Holocausto.

Localizado no sul da Polônia, Auschwitz foi o maior campo de extermínio nazista. Ao menos 1 milhão de pessoas – a maioria judeus – morreram no local entre 1940 e 1945, até a libertação dos prisioneiros restantes por tropas soviéticas.

O museu também usou as mídias sociais para reforçar a questão do comportamento de alguns visitantes no memorial, principalmente turistas que fazem pose para fotografias nos trilhos dos trens que levam ao interior do campo. As informações são do G1.