Após cinco dias sem comer, estudante em greve na UFPB desmaia de fome

Um dos quatro estudantes que estão fazendo greve de fome na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) passou mal e desmaiou neste domingo (28). Em nota postada nas redes sociais, os líderes do movimento informaram que um dos grevistas, chamado Marcos, sofreu uma queda de pressão causada pelo baixo nível de glicose por estar há mais de 120 horas sem se alimentar.

Leia mais:

Reitora da UFPB não compreende greve de fome: “um dos alunos é beneficiado”

Alunos da UFPB mantêm greve de fome e se reúnem para decidir ocupação da reitoria
Universitários fazem greve de fome em protesto contra precariedades na UFPB
UFPB é tão frágil quanto alunos que estão em greve de fome, diz vice-reitor

Acorrentados na entrada da reitoria da UFPB desde o último dia 23, os estudantes estão fazendo greve de fome em protesto ao resultado da seleção do auxílio moradia, um recurso de R$ 550,00 pago mensalmente pela universidade para ajudar alunos de baixa renda a se manter em João Pessoa.

Auto-proclamados independentes, “por conta e risco”, sem contar com apoio explícito do Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFPB) ou de movimentos como o ‘Levante Popular da Juventude’, eles reclamam da demora no anúncio do resultado do auxílio moradia, que durou mais de um ano, e principalmente o número de vagas, que seria insuficiente e não atenderia minimamente a demanda de estudantes.

De acordo com o estudante Felipe Bezerra, um dos líderes do movimento, houve caso de estudante que passou duas semanas dormindo na rodoviária e teve de trancar o curso e ir embora por não ter condições de se manter na capital paraibana.

Apesar do valor pago ser considerado baixo, a quantidade de bolsas de auxílio-moradia, 150, é a principal reivindicação dos estudantes. De acordo com eles, esse número nem chega próximo da necessidade real, levando em conta que a seleção via Enem/Sisu aumentou consideravelmente o número de estudantes vindos de outros estados e de cidades do interior.

Leia abaixo a nota postada pelo movimento nas redes sociais:

UFPB