A deputada estadual Camila Toscano (PSDB) respondeu na quarta-feira (18) comentário feito pela vereadora Eliza Virgínia (PP) a respeito de um Projeto de Lei, aprovado na segunda-feira (16) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), visando a exclusão da comunidade trans de modalidades esportivas em João Pessoa.
“É um debate que ela quer fazer que para mim não cresce nem enaltece”, declarou Camila ao Paraíba Já.
Diretamente sobre a lei, Camila comentou: “Eu não posso olhar pra pessoa e dizer ‘você é trans, você não pode jogar dessa forma, você não pode jogar nesse time’. É muita ingerência do poder público de uma Câmara Municipal determinar que uma pessoa não vai poder jogar por ela ser trans. E aí não tem questões religiosas, de pensamento não, pra mim é discriminação pura”, relatou ao Paraíba Já.
Eliza argumentou que seu projeto configura um pós-conceito e pediu à deputada, que também é advogada, para se inteirar sobre a Constituição.
Camila destacou ainda que caso seja constitucional, não necessariamente seja válido para a sociedade.
“Por mais que ela insista em que é constitucional, às vezes o que é constitucional não é o melhor para as pessoas. Tem uma jogadora de vôlei trans jogando em São Paulo e pra ela jogar foi uma série de exames, de análises, de estudos e federações, das confederações”, concluiu Camila, referindo-se à Tifanny Abreu, jogadora piauiense de voleibol e primeira transexual a disputar uma partida oficial da Superliga.
