Recorde: Dólar se mantém acima de R$ 4 e volta a fechar no maior valor da história

Após abrir em queda, o dólar comercial inverteu a tendência e passou a subir, fechando com valorização de 2,28% nesta quarta-feira (23), a R$ 4,146 na venda. É o maior valor de fechamento desde a criação do Plano Real, em 1994.

É a quinta alta seguida do dólar. Nas últimas cinco sessões, a moeda dos EUA acumula alta de 8,14% em relação ao real. Somente neste ano, o dólar já avançou 55,94%. Em 12 meses, a moeda dos EUA acumula alta de 72,25% (valia R$ 2,407 em 23 de setembro de 2014).

Devido ao forte avanço do dólar, o Banco Central intensificou sua atuação no câmbio. O BC vendeu no início da tarde 4.400 swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) da oferta de até 20 mil. Realizou também dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, com oferta de até US$ 4 bilhões de no total. Nesta quinta-feira (24), fará outra oferta de até 20 mil swaps cambiais. Os leilões, segundo assessoria de imprensa do BC, não são para rolar contratos já existentes.

Desde abril, o BC não fazia leilão de swap sem ser para rolagem. Mesmo com a maior intervenção, a alta do dólar não cedeu.  “Uma atuação como essa deveria segurar um pouco, mas a volatilidade está muito grande”, resumiu o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho, à agência de notícias Reuters. “O mercado está perdido e corre para o dólar”.

Além disso, o BC deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, vendendo a oferta total de até 9.450 contratos. Ao todo, já rolou o equivalente a US$ 7,179 bilhões, ou cerca de 76% do lote total, que corresponde a US$ 9,458 bilhões. Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.