Ao lado de Pedro Cunha Lima, Ruy defende revolução na educação em João Pessoa

As ações para retirar João Pessoa da segunda pior posição na educação básica entre as capitais do Nordeste foram detalhadas pelo candidato à prefeito da capital Ruy Carneiro (Podemos). Ao lado do ex-deputado federal, Pedro Cunha Lima, que na última eleição recebeu 60% dos votos para governador na capital, Ruy garantiu que vai construir novas escolas e creches, além de abrir creches à noite, para dar suporte às mães que trabalham ou estudam no período noturno.

Além da implantação de novas unidades, o candidato também destacou iniciativas essenciais para elevar a qualidade do ensino e o resgate do aprendizado.

“Uma das nossas prioridades é realizar um novo concurso para professores e oferecer bolsas de formação em cursos de aperfeiçoamento. Melhorar a qualidade da merenda, garantir a entrega anual de fardamentos para os alunos e absorvente para as estudantes. Com o Painel de Monitoramento, teremos condições de acompanhar cada turma, fazendo intervenções pedagógicas, psicossociais e aulas de reforço sempre que identificarmos queda no rendimento”, complementou Ruy.

O candidato também criticou a atual gestão municipal por gastar mais de R$ 66 milhões com publicidade, enquanto o investimento para a reforma de escolas e creches foi de apenas R$ 18 milhões.

“É a educação que vai transformar o futuro e garantir melhores condições para as nossas crianças e jovens. Não dá mais para aceitar que a Prefeitura gaste milhões para fazer propaganda, enquanto falta praticamente tudo na nossa rede municipal de ensino. Nos últimos quatro anos, a atual gestão não construiu nenhuma escola, nenhuma creche”, condenou Ruy.

O ex-deputado federal e consultor de educação das Organização das Nações Unidas para a Educação, Pedro Cunha Lima, reafirmou o compromisso de ajudar Ruy na reconstrução da educação de João Pessoa.

“Primeiro é preciso investir na formação dos professores. Educação não funciona quando a gente não tem educador bem formado, estimulado. Expandir o número de vagas de creche. E o terceiro ponto: um programa de alfabetização na idade certa. A creche não pode ser um depósito para a criança. Quando ela chega ali, se inicia um trabalho para aprender a ler e a escrever na idade certa. Para quando ela chegar na pré-escola, ela já tenha desenvolvido habilidades”, esclareceu Pedro.

De acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, avaliado pelo Ministério da Educação, João Pessoa teve nota 4,1 nos anos finais, entre as turmas do 6º ao 9º. O resultado reflete na segunda pior posição entre as capitais do Nordeste. A situação é semelhante na avaliação do 1º ao 5º quinto. A nota de João Pessoa foi 5,2 e ficou a frente apenas de Natal, que teve 4,5.