Erraram na dose: Anísio diz que oposição paralisa o país e é irresponsável ao atacar governo Dilma

“Estamos vivendo uma crise política que está mexendo com toda a nação e prejudicando a economia. A oposição não tem sido responsável com o país. Eu proponho discutirmos o atual momento político do país. Interessa ou não aos parlamentares?”, conclama o deputado estadual Anísio Maia, ao propor uma análise da conjuntura política nacional, em que aproveita para defender o Governo Federal de ataques promovidos pela Oposição e pela mídia.

O parlamentar chama a atenção sobre o momento político atual e expressa preocupação com o andamento da operação Lava Jato, e até mesmo com o andamento da pauta política do Brasil. “Parece que as pessoas que planejam contra a presidente Dilma [Rousseff] erraram na dose e agora insistem em iniciativas e projetos que estão, praticamente, paralisando o Brasil”, alerta.

Preocupado, Anísio Maia relata ter visto, esta semana, uma investigação sobre os investimentos do Brasil no exterior, onde as construtoras foram investigadas e tiveram inviabilizada sua ação, num ponto em que o Brasil era forte e concorria de igual para igual com as grandes potências mundiais, inclusive os EUA.

“Havia até uma ciumeira de empresas americanas porque as brasileiras conseguiram superar as estrangeiras com certa agilidade, criatividade e inovação tecnológica. Agora, o Brasil está sob uma ameaça real de paralisação dos investimentos. Obama foi pra Cuba tratando de estreitar relação dos EUA com Cuba e levou 35 grandes empresários. O Brasil fez um investimento antes de Obama e criticaram.O Brasil não pode investir em Cuba, mas os EUA podem?”, questiona.

Anísio Maia considera que, sim, é importante que haja a investigação, profunda e com a penalização de todos os culpados. Mas discorda da prática de se misturar economia, política e Judiciário numa tentativa de construir um desgoverno no país. Segundo ele, mesmo na crise, grandes empresas aumentaram seus lucros, e depois se aproveitam do discurso de crise para demitir os trabalhadores. “Estão se aproveitando da crise pra se dar melhor. Se estão tendo lucro, aumentam suas vendas, por que vão demitir?”, indaga.

O segundo ponto que causa suspeita ao parlamentar é a forma como está sendo conduzida a Operação Lava Jato. Ele questiona as iniciativas do juiz Sérgio Moro, consonantes e sintonizadas com a mídia. “Se um delator, um só, falar em algum nome do PT, imediatamente é anotado, registrado e encaminhado um monte de investigação. Se citar alguém de outro partido, passa quase despercebido. Por exemplo: o mesmo delator que disse que Dirceu estava envolvido foi o mesmo que acusou o presidente da Câmara [deputado Eduardo Cunha] de ter recebido R$ 5 milhões. Pergunto: o presidente da Câmara está sendo investigado? Qual foi a providência?”, cobrou, lamentando que Moro tenha comunicado ao Supremo Tribunal Federal que o deputado Eduardo Cunha não será investigado.

“Nós estamos vendo os investimentos do Brasil, agora estão sendo todos desmantelados. Como o país vai aceitar uma empresa brasileira diante de um clima desses? Fosse nos EUA estaria tudo sendo investigado sem alarde. Até porque juiz não é pra estar todo dia aparecendo na televisão, não. É um contrassenso. O juiz deve ser recatado, discreto e não tem que direcionar coisa alguma. Tem que julgar. E pra julgar tem que estar propenso a mudar de opinião após ouvir todas as partes. Não é o caso deste magistrado”, finalizou.