O senador Aécio Neves deve deixar a presidência do PSDB em agosto e o mineiro trabalha para colocar o seu amigo, o senador paraibano Cássio Cunha Lima no comando do tucanato.
O tema começou a ser discutido internamente entre o próprio Aécio, que está licenciado do comando tucano, e o senador Tasso Jereissati (CE), presidente em exercício do PSDB.
Os dois vão se reunir no início de agosto para decidir como será transição, se pela renúncia do senador mineiro ou pela convocação da convenção do partido, que, nesse caso, seria marcada para o fim do mês.
Há um grupo que defende uma renúncia coletiva de todos os integrantes da Executiva do partido, a fim de evitar um constrangimento maior para Aécio, que está licenciado do cargo.
A manutenção de Aécio Neves na presidência do PSDB tem incomodado tucanos, principalmente Jereissati, que já descartou continuar dividindo o comando do partido com o senador mineiro.
A avaliação entre os tucanos é que a permanência de Aécio no cargo cria forte desgaste depois que ele virou alvo da delação da JBS.
“Está na hora de Aécio fazer um gesto pelo partido. O PSDB não pode ficar sangrando por causa dele”, desabafou um integrante da Executiva do PSDB.
O que diz Cássio
Questionado sobre o assunto, o senador paraibano nega o assunto e diz que o nome do senador Tasso é o que reúne o maior volume de apoio para assumir a presidência do partido. “Saiu uma nota de circulação nacional, citando meu nome, fico feliz por ser lembrado, mas acredito que será Tasso Jereissati o próximo presidente do PSDB”, disse.