Ambição por prefeituras de JP e CG causou a dança das cadeiras no Solidariedade da PB

Dois políticos de perfis diferentes. Um em início de carreira, cheio de ideais e paixões; o outro, com a carreira já consolidada, buscando dar a volta por cima após um ano, que se iniciou promissor, mas terminou em fracasso. Em comum, a mesma cobiça: serem prefeitos das cidades mais importantes da Paraíba.

Este pequeno resumo exposto acima ilustra a crônica que resultou nas recentes mudanças nos quadros do diretório do Solidariedade na Paraíba. O deputado estadual Bruno Cunha Lima, então presidente do partido, deixou a legenda para dar espaço ao vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Junior – que deixou para trás o PSC.

A cobiça de ambos, um para ser prefeito de Campina Grande (Bruno) e o outro para ser prefeito de João Pessoa (Manoel), foi o fator que não permitiu a convivência de ambos na mesma legenda. Não divergências de pensamentos, valores e condutas éticas, como pode ser facilmente imaginado pelos que fizeram a leitura de maneira mais superficial.

O presidente nacional do partido, Paulinho da Força, amigo de Manoel Junior dos tempos de Câmara Federal, já deixou claro que irá dar o suporte necessário para que ele mantenha seu sonho de ser prefeito da Capital. ‘Manel’ chegou muito perto de concretizar a sua obsessão este ano, porém teve que amargar a permanência de Luciano Cartaxo (PV) no cargo.

Bruno Cunha Lima, em entrevista, admitiu que já articula sua candidatura à Prefeitura de Campina Grande. Lhe foi oferecido um acordo de divisão de “regiões de influência” ou de alternância na presidência com Manoel. Porém, o ex-tucano sabe que precisa de uma legenda que esteja totalmente dedicada ao seu projeto para ter chances de se candidatar e, talvez, vencer as eleições na Rainha da Borborema.

Sem mandato por pelo menos dois anos, já que foram derrotados na eleição deste ano para deputado federal, os dois tentam aproveitar o fator tempo para se cacifarem em busca de suas grandes ambições pessoais.