O servidor da Caixa Econômica Federal investigado pela Polícia Federal por desviar cerca de R$ 23 milhões do banco utilizou o dinheiro na compra de fazendas e gado na Paraíba. A Operação Lesa-Caixa, realizada nesta terça-feira (25) pela PF, cumpriu 12 mandados de busca e apreensão nas casas de familiares e laranjas utilizados pelo suspeito.
O delegado da Polícia Federal responsável pelas investigações, Derly Brasileiro, informou que o servidor agia movimentando contas no sistema em que tinha acesso no banco. Ele retirava o dinheiro de contas vinculadas da Justiça do Trabalho da 13ª Região.
“Quando a Justiça do Trabalho mandava os alvarás para Caixa Econômica, esse funcionário tinha acesso às movimentações. Então ele começava a movimentar e criar contas. Os alvarás tinham valores destinado a pessoas, advogados, Receita Federal… só que esse dinheiro era desviado ao longo de quatro anos”, disse.
O esquema foi revelado após uma auditoria realizada pelo banco. De acordo com as investigações, o suspeito abria contas em nome de terceiros com os valores desviados, onde movimentava pagando coletivo e transferindo valores. O crime aconteceu entre os anos de 2018 e 2022.
Ainda de acordo com o delegado, o servidor ainda não foi preso. Segundo ele, a Policia Federal deve enviar as provas apuradas durante as investigações para o Ministério Público que será responsável por realizar a denúncia.
O nome “Operação Lesa-Caixa” está relacionado aos prejuízos financeiros causados à empresa pública federal pelo servidor.