Alimentação saudável e mudanças de hábito podem evitar o refluxo, revela estudo

Após as refeições, muita gente sente um desconforto no estômago e uma sensação de que a comida está voltando. Isso pode ser sinal de refluxo. Dependendo do que se come, os sintomas podem piorar. O programa Bem Estar desta quinta-feira (9) explicou o que leva uma pessoa a ter refluxo e como evitar e tratar o problema.

No estudo, dois cirurgiões do aparelho digestivo, Fábio Atui, consultor do programa, e Rubens Sallum falaram sobre a doença e tiraram dúvidas.

O refluxo é uma doença digestiva em que os ácidos presentes dentro do estômago voltam pelo esôfago ao invés de seguir o fluxo normal da digestão. Esse líquido irrita os tecidos que revestem o esôfago e, por isso, causam alguns sintomas desagradáveis. Por falta de conhecimento, o refluxo pode ser confundido com outra doença, tratado como uma simples azia e, pior, facilmente alvo das automedicações.

Os sintomas considerados típicos do refluxo são: azia, queimação no peito e líquido que sobra e volta. Também existem sintomas atípicos da doença: sensação de nó na garganta, dor torácica de origem não cardíaca, dor de ouvido, rouquidão, dor de garganta, tosse, bronquite, asma de repetição, desgaste do esmalte do dente e sinusite.

Há dezenas de mecanismos para garantir que a comida seja digerida e siga o fluxo normal. O refluxo acontece quando algum desses mecanismos falha. O mais comum é quando a musculatura do esfíncter, músculo responsável por abrir e fechar o esôfago, está relaxado e não fecha o esôfago, fazendo com que o suco gástrico volte. A obesidade ou sobrepeso também podem causar o refluxo, pois o peso faz pressão no estômago e não deixa a dinâmica de abrir e fechar o esôfago funcionar corretamente.

Alguns alimentos podem causar ou piorar o problema: chocolate, por conta de uma substância presente no cacau que relaxa o esfíncter do esôfago e fecha a saída do estômago; café; bebidas alcóolicas (as fermentadas são piores por causa do gás, que estufam o estômago); e pão branco, porque a digestão é mais pesada.

O tratamento da doença pode ser dividido em quatro grupos: mudança de hábitos, alimentação, remédios e em alguns casos cirurgia.

Do G1