O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Charliton Machado, durante entrevista ao Paraíba Já, na manhã desta sábado (30) avaliou a visita do vice-presidente Michel Temer, a postura do PMDB em âmbito nacional e afirmou que a possível candidatura própria do PMDB à presidência em 2018 era algo previsível há algum tempo.
Temer, durante o evento na manhã de ontem (29), afirmou que apoia o governo federal, assim como a presidente Dilma Rousseff (PT) estaria executando sugestões dele. Diante destas declarações, Charliton destacou que apenas depois da convenção peemedebista, o vice-presidente poderá tomar decisões, porém ele relembrou ao mesmo que foi eleito juntamente com a petista.
“Temos que aguardar os desdobramentos para saber o posicionamento do PMDB, depois da convenção que será nos próximos meses, e vai definir se apoia ou não. O fato é que ele foi eleito vice na chapa com Dilma e cabe a ele essa responsabilidade, embora gestos e alguns pronunciamentos, como também algumas movimentações de alguns partidários que não tem compromisso com o projeto que foi vitorioso, mas de todo modo há sempre tempo para consertar erros. Ele que admitiu que o processo de impeachment já está perdendo força, ele deve ajudar também para que se perca força. Sobre a visita dele, é extremamente natural o vice visitar as cidades, principalmente diante dessa disputa nacional sobre duas questões, a liderança do partido e a presidência do partido”, explicou.
De acordo com o petista, o partido já havia anunciado que poderia lançar candidatura própria nas próximas eleições para a presidência, ressaltando que a aliança entre as duas legendas não possuem probabilidade de seguir adiante.
“O PMDB já tinha dito isto, a aliança entre o PMDB e o PT já deu o que tinha que dar na nacional. O partido não tem coesão, são distintas entre grupos. Tem peemedebista que é a favor do governo, tem quem não é. Um partido extremamente regionalizado. O PT precisa fazer caminhos inversos aos que foram nessas últimas eleições, apostar em novas políticas progressistas. Em algum momento a aliança foi importante, mas no momento de crise vem demonstrando sua fragilidade, e que precisa ser repensada mesmo”, comentou.
“O PMDB hoje não trabalha para união do Brasil, mas por seus próprios interesses, dependendo daquela conjuntura política que seja mais conveniente. Acho que o partido não presta serviços a nação, porque não tem coesão, nem projeto unificado dentro da legenda”, concluiu.