Aliados de Eduardo Cunha preparam ‘pauta vingativa’ contra Dilma na Câmara dos Deputados

Como forma de retaliação ao Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pretende iniciar na próxima semana uma espécie de “operação desgaste” contra o governo Dilma Rousseff. A intenção é dar encaminhamento a temas sensíveis ao governo com a intenção de piorar a já desgastada gestão petista. Entre os itens da “pauta bomba” estão a votação de contas presidenciais, a análise de vetos e a tentativa de barrar leis consideradas fundamentais no processo de ajuste fiscal e de melhoria das contas públicas.

Segundo interlocutores do presidente da Câmara, a intenção de Cunha com essa “pauta-bomba” é, de um lado, enfraquecer a imagem de Dilma. De outro, o peemedebista tentaria desviar o foco das acusações do ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo no âmbito da Operação Lava Jato. Em depoimento à Justiça, Camargo declarou que Cunha cobrou U$S 5 milhões de propina para viabilizar contratos com a Petrobras.

Em declarações a aliados, o peemedebista fala em conluio entre Dilma e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no sentido de vazar informações relacionadas a ele na Lava Jato. Além da “pauta-bomba”, Cunha também articula junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a obtenção de uma liminar para conseguir frear a revelação de fatos que possam enquadrá-lo criminalmente. Integrantes do governo, por outro lado, dizem que estão preparados para o que classificam como “radicalização” contra o governo.

As informações são do Congresso em Foco.