Aliados de Berg Lima fazem carreata em Bayeux em apoio a prefeito preso

Amigos e aliados políticos do prefeito afastado de Bayeux, Berg Lima, foram às ruas da cidade neste domingo (1º) pedir a soltura do político.

Os manifestantes cobraram o cumprimento da decisão do sub-procurador-geral Eitel Santiago, que recomendou o relaxamento da prisão.

A prisão

Berg Lima foi preso em flagrante de extorsão, no dia 05 de julho, no restaurante Sal e Pedra, localizado no Bairro do Sesi, em Bayeux, após ser filmado recebendo propina de um fornecedor da Prefeitura. Foram R$ 3,5 mil contados e entregues para que o prefeito liberasse empenhos de interesse do empresário.

O crime de que é acusado o prefeito de Bayeux está tipificado no Art. 158 do Código Penal Brasileiro e prevê pena de reclusão de quatro a dez anos, além de multa. Além disso, Berg deve ser cassado pela Câmara de Vereadores e perder seus direitos políticos por no mínimo oito anos.

Interino acusado

O prefeito interino de Bayeux Luiz Antônio (PSDB), em reunião realizada com a equipe de comunicação da Prefeitura, articulou o uso da estrutura do poder público para difamar um adversário político, o deputado federal André Amaral. Desta reunião, vários áudios foram vazados nas redes sociais. As informações foram divulgadas pelo blog do Diego Lima.

A reunião, cujos trechos da conversa foram vazados em áudio, mostra uma suposta tentativa de ataque político contra o deputado. Participaram desta reunião o prefeito, o coordenador de Comunicação, Paulo Neto, e o responsável pela rádio escuta do município,  Almeidinha, além de outros integrantes da Coordenação de Comunicação.

Em determinado momento, Luiz diz para uma pessoa. “Manda fazer uma matéria sobre o deputado [após isso o áudio não ficou incompreensível]”. A ordem teria ido para Paulo Neto. A intenção do grupo era fazer um release para ser solto na imprensa local, usando material da Prefeitura e recursos humanos da mesma, o que torna o episódio passível de ser investigado pelas autoridades competentes.

Uma parte do trecho demonstra o modus operandi do grupo. “Tem que mostrar lealdade a quem foi leal com a gente. E quem não é leal com a gente, é cacete. Pode meter o cacete em André Amaral”.

Nota

Em nota enviada ao Paraíba Já, o prefeito interino lamentou que áudios de uma reunião com a Coordenação de Comunicação da Prefeitura Municipal foram vazados. Os áudios ganharam notoriedade desde o início da manhã de hoje e revelam um suposto abuso da máquina pública pelo tucano.

Luiz Antônio afirmou que o conteúdo dos áudios são recortes que não representam a verdade. Além disso, ressaltou que todas as reuniões com o secretariado tem suas pautas predefinidas.

Leia nota na íntegra:

NOTA

Em direito de resposta, o Prefeito Municipal de Bayeux, Luiz Antônio, vem a público esclarecer que:

1. Em sua gestão todas as reuniões são pautadas previamente, com total transparência, diferente do que informado na matéria publicada por este veículo de comunicação;

2. Durante a pauta de cunho administrativo, foram tratados temas relacionados à comunicação institucional;

3. Todos os órgãos que compõe a Administração Pública do Município de Bayeux funcionam exclusivamente respeitando o principio da legalidade e com o fim de atender as necessidades do Município, inexistindo a prática do uso da comunicação, seja com pessoal ou estrutura de equipamentos da administração pública municipal para denegrir a imagem de quem quer que seja;

4. As referências ao senhor André Amaral não ultrapassam o limite da retorsão, em resposta as acusações difamatórias e inverídicas que me foram desferidas gratuitamente através de áudio em redes sociais.

5. Quanto a Samuka Duarte, atente-se ainda que dada a notoriedade da pessoa do apresentador, me referi ao programa Correio Manhã, na figura de seu nome. No mais, apenas me manifestei no sentido de comparecer ao seu programa a fim de prestar contas dos atos da gestão, tendo em vista a ampla audiência deste na cidade;

6. Por fim lamento profundamente que pessoas inescrupulosas insistem em falsear a verdade se utilizando de meios ardilosos para realizar gravações não autorizadas as utilizando fora do contexto real em que se deram.