Um dos entusiastas de “uma nova forma de fazer política na Paraíba”, o vereador Lucas de Brito (PV) rechaçou os comentários de que a pré-candidatura do irmão gêmeo do prefeito de João Pessoa, de Lucélio Cartaxo (PV), não entusiasma multidões pelo Estado afora.

“Eu não vejo dessa forma não. Percebo que ele tem uma agenda muito dinâmica, tem andado todo Estado, tem anunciado apoios. Mas a candidatura de Lucélio com certeza é competitiva”, disse.

Em entrevista ao Paraíba Já,  Lucas dissertou sobre os motivos pelos quais o irmão gêmeo do prefeito teria a simpatia da população.

“Com apoio do próprio irmão em João Pessoa, dos prefeitos de Campina Grande, Santa Rita, Patos, ele vem crescendo. Então em termos de apoio político, de lideranças municipais, ele continua despontando na frente”, afirmou.

Mas a tese de que Lucélio ainda é uma opção apática para o eleitorado paraibano foi pontuada esta semana, inicialmente, pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), que afirmou que a oposição não possui “uma candidatura que levantasse as massas”. Já o ex-vice-governador José Lacerda Neto, ao anunciar apoio à pré-candidatura de José Maranhão (MDB), classificou a campanha de Lucélio como “fria e sem entusiasmo”.

Não empolga e nem envolve aliados?

Pelo relato do pai da vereadora Raissa Lacerda, o prefeito Luciano Cartaxo não tem lidado bem com os aliados. Esta semana, a principal força que move a campanha de Lucélio viajou à Polônia e não deu um gesto de confiança para com o presidente da Câmara de João Pessoa, Marcos Vinícius (PSDB). Cartaxo não cedeu a Prefeitura de João Pessoa interinamente para seu aliado. Já nesta sexta-feira  (15), José Lacerda Neto narrou a via crucis da filha.

“Eu tentei demovê-la, ela não optou e ficou ao lado do prefeito e que deveria ser respeitado o compromisso dela com ele. Eu concordei com ela e disse que ela iria andar com suas próprias pernas. Eu vou ficar com Maranhão e se ela fosse ficar com o prefeito, ia andar com seus próprios pés. Ela decidiu conversar com o prefeito e avisar da minha decisão e da dela, mas o prefeito não assimilou bem. Achou que estávamos fazendo um jogo. Eu sou lá homem para fazer jogo, um homem da minha idade, com mais de 50 anos de política e vida pública. Daí, ela simplesmente decidiu vim pro lado de cá. Ela me ligou e disse: ‘painho’, o homem achou que eu estava combinada com o senhor’. E eu disse: venha embora pra cá”, disse.