Além do episódio dessa quarta-feira, 07, quando o servidor comissionado Romário Gomes Silveira, lotado no Gabinete do Prefeito Romero Rodrigues (PSDB), foi preso suspeito de envolvimento em explosões a bancos, outro caso manchou a atual administração: em maio do ano passado, a Polícia Civil prendeu dois irmãos apontados como líderes de uma quadrilha suspeita de fraudar pelo menos 60 concursos públicos em seis estados do Nordeste, entre eles, o concurso da Prefeitura campinense.

Flávio Luciano Nascimento Borges, servidor da Secretaria de Obras da Prefeitura de Campina Grande, apontado como um dos principais líderes da organização foi nomeado pelo prefeito Romero Rodrigues em pleno período da campana eleitoral de 2016. Flávio, mesmo nomeado pela PMCG, acumulava a função de cabo da Polícia Militar de Alagoas, também através de outro concurso.

Diante da prisão do Flávio e do seu irmão Vicente Fabrício, muitas perguntas ficam no ar, principalmente em relação à seriedade do concurso que aprovou Flávio, feito em 2014.  Vale salientar que, nestes mais de cinco anos da gestão do Prefeito Romero, o que teve uma pessoa presa acusado de fraudes foi o único realizado pela atual gestão. Em contrapartida, existem mais de 7 mil comissionados sem concurso, a maioria por apadrinhamento político e sem avaliação criteriosa dos antecedentes do contratado.

AS PRISÕES DE QUARTA – Quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento com ataques contra instituições financeiras e roubos e furtos de veículos para a prática dessas ações em Campina Grande e região durante uma operação integrada das polícias Federal, Rodoviária Federal e Civil, realizada na manhã desta quarta-feira (7) em Campina e na zona rural de Massaranduba.

A PMCG divulgou uma nota lamentando a acusação de envolvimento do servidor e informou que ele foi exonerado pelo prefeito Romero Rodrigues no final da manhã desta quarta-feira por uma questão de zelo institucional. O ato será publicado no Semanário Oficial do Município.

Segundo a nota, “a exoneração do servidor não significa, necessariamente, uma condenação antecipada em relação a uma acusação à qual ele terá oportunidade de apresentar defesa e, se for o caso, demonstrar sua inocência. De fato, trata-se de uma medida administrativa sensata e de respeito aos princípios que regem a gestão, sob a luz da ética, honradez e comportamento exemplar”.