O advogado Daniel Alisson, que representa a família de Helton Pessoa, assassinado na sexta-feira (10) em Sapé e que tem como principal suspeita do crime a empresária e companheira Taciana Ribeiro Coutinho, informou que vai denunciar à Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a decisão que decretou a prisão preventiva da empresária, mas determinou que a cumprisse em prisão domiciliar.
De acordo com o advogado, o art. 318-A, do Código do Processo Penal trata, expressamente, que as mães de menores de 12 anos que cometem crimes violentos não têm direito a esse benefício. “O próprio STF vem decidindo que acusadas de homicídio não podem ficar em prisão domiciliar. A defesa não quer acreditar que, por ser a empresária integrante da família mais tradicional e rica da Paraíba, a Justiça e o Ministério Público tenham esquecido do que diz a lei”.
Nesse sábado (11), o advogado Daniel Alisson relatou mais detalhes sobre o crime. “Entre o momento do crime e a notificação das autoridades competentes, passaram-se mais de quatro horas, tempo mais que suficiente para alterar a cena do crime e criar uma narrativa mais favorável à assassina. E, mais grave ainda, tempo em que poderia ter sido prestado socorro e salvado a vida da vítima. Assim, além de atirar no marido, ela o deixou morrer à míngua, sem acionar o SAMU ou levá-lo até um hospital, demonstrando a crueldade e a intenção premeditado de ceifar sua vida.”
A Polícia Civil cumpriu, na tarde deste sábado (11), o mandado de prisão preventiva contra a mulher suspeita de disparar quatro tiros e matar o próprio marido. O crime ocorreu, nessa sexta-feira (10), quando o casal se encontrava em uma fazenda, na zona rural da cidade de Sapé.
A suspeita foi interrogada na Central de Polícia Civil, no bairro do Geisel, em João Pessoa e alegou que agiu em legítima defesa. O caso está sendo investigado pelo delegado Reinaldo Nóbrega. Durante o interrogatório, ela disse que o crime ocorreu após uma discussão entre o casal. A arma usada no crime foi apreendida.
As investigações estão em andamento e a polícia vai ouvir os depoimentos de amigos e familiares.
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