Em novembro, serão realizados dois júris na Comarca de João Pessoa relacionados a casos de repercussão na sociedade paraibana. O primeiro julgamento será no dia 9 de novembro, no qual o réu Johannes Dudeck se sentará no banco dos réus, pronunciado pela morte da estudante de medicina Mariana Thomaz. O segundo envolve o réu Ruan Ferreira de Oliveira, mais conhecido como Ruan Macário, e acontecerá no dia 24. Ele foi pronunciado por homicídio qualificado com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Macário teria atropelado e matado o motoboy Kelton Marques.
Os dois julgamentos têm início às 9h, sendo que o de Johannes Dudeck será no 1º Tribunal do Júri, enquanto o de Ruan Macário, no 2º Tribunal. Os dois Tribunais compõem um Cartório Unificado, localizado no 5º andar do Fórum Criminal da Capital, onde está localizado o Plenário de Julgamento.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o corpo de Mariana Thomaz foi encontrado no dia 12 de março de 2022, após a polícia receber uma ligação do acusado Johannes Dudeck, informando que a estudante de medicina estava tendo convulsões. A investigação observou sinais de esganaduras, então Johannes foi preso no local e encaminhado para um presídio especial de João Pessoa.
O relatório final do inquérito indicou os crimes de feminicídio e estupro, conforme informações obtidas do laudo tanatoscópico do Instituto de Polícia Científica (IPC) – exame feito para comprovar a existência de violência sexual. A jovem, de 25 anos, era natural do Ceará e estava na Paraíba para cursar a graduação de medicina.
Já o crime de Ruan Ferreira de Oliveira teria praticado aconteceu em setembro de 2021, em João Pessoa. Conforme informações processuais, o entregador Kelton Marques morreu após ser atingido por um carro em alta velocidade, no Retão de Manaíra. Moradores da região afirmaram que a colisão aconteceu por volta das 4h. Kelton deixou esposa e duas filhas. Ele trabalhava em um restaurante que atendia nas madrugadas e na hora do acidente já tinha terminado as entregas do dia e voltava para casa.
Ruan Ferreira de Oliveira ficou foragido e só foi preso em julho de 2022. O réu se apresentou na delegacia de Catolé do Rocha, no Sertão do Estado, acompanhado do advogado. Ele foi levado ao presídio da cidade, onde permanece até hoje, em prisão preventiva, aguardando julgamento.