A escolha por Edilma e as perdas de Cartaxo

Desde que anunciou o nome da professora Edilma Freire para representá-lo na disputa eleitoral deste ano, na Capital, o prefeito Luciano Cartaxo vem acumulando sucessivas perdas. Creio que, nem mesmo o mais descrente seguidor do alcaide pessoense, imaginasse que a opção pela concunhada para sucedê-lo pudesse causar tantos dissabores à maior estrela do Partido Verde na Paraíba.

Quem acompanha os bastidores da política paraibana até já presumia que, caso Luciano Cartaxo optasse por Edilma na disputa interna dentro do PV, os (ex) secretários Diego Tavares (Desenvolvimento Humano) e Socorro Gadelha (Habitação) desembarcariam da gestão – como de fato aconteceu.

O que pouca gente imaginava é que a outra preterida na disputa interna também chutasse o pau da barraca, como fez a secretária Daniella Bandeira (Planejamento) nesta sexta-feira (4), primeiro dia do ‘Feriadão da Independência’.

Ao pedir demissão da prefeitura e desfiliação do PV, Daniella Bandeira acabou externando o que todo mundo já comentava nos bastidores: Cartaxo jogou errado por demais. E o erro não foi na escolha em si, mas sim na forma. Não bastasse o fato de ter feito uma opção familiar, o prefeito se esqueceu de praticar algo elementar na política: dialogar para ganhar no convencimento.

Cartaxo, Edilma e o PV chegam à reta final das convenções partidárias contabilizando apenas derrotas. Além de auxiliares da gestão – Eduardo Pedrosa (adjunto da Administração) e Djalma Pereira (adjunto do Meio Ambiente) também pediram exoneração nos últimos dias – perderam o apoio de um dos três únicos partidos da aliança: o PMB. E correm sérios riscos de perder também os dois que restam: Pros e Republicados (antigo PRB).

Agora é só esperar o resultado das urnas para saber se Cartaxo errou ou acertou.

Esperemos, pois!