Uma mesa repleta de envolvidos em escândalos de corrupção, Odebrecht, Lava Jato e Lagoa, assim foi à reunião entre o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), acompanhado pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e pelo vice-prefeito Manoel Júnior (PMDB), nesta desta quarta-feira (20), em Brasília, pelo ministro Henrique Meirelles e alguns diretores do Ministério da Fazenda, para pleitear recursos para João Pessoa.

Cartaxo está no auge de um escândalo com a obra de revitalização realizada no Parque Solon de Lucena, a Lagoa. As investigações conduzidas pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal, que já constatou o desvio de mais de R$ 6 milhões, resultou no afastamento do secretário de Infraestrutura, Cássio Andrade, e o prefeito pode ser indiciado por peculato e improbidade administrativa.

O vice-prefeito, Manoel Júnior, que sempre manteve uma ligação intima com Eduardo Cunha, até antes da sua prisão, teve seu nome citado na Lava Jato, com a acusação de fazer parte de um grupo de políticos ligados a Cunha que eram escalados para intimidar a empresa Schahin, no esquema de propinas.

Já o senador Cássio Cunha Lima, já é um velho conhecido nos escândalos de corrupção. O primeiro e mais conhecido nacionalmente, foi o “Caso Concorde” ou “dinheiro voador”, que nas eleições de 2006, uma mala de dinheiro foi jogada de uma sala do Edifício Concorde, localizado na Avenida Epitácio Pessoa. O fato ocorreu na antevéspera do segundo turno do pleito.

Recentemente, Cássio também teve seu nome citado na Operação Lava-jato. Em uma delação premiada ele foi acusado de receber R$ 800 mil em doações, nas eleições de 2014, em vantagens indevidas para favorecer a Odebrecht na privatização da CAGEPA, caso se tornasse governador do Estado.

Entre as alternativas discutidas, está o pedido de empenhamento total da emenda de bancada, no valor de R$ 140 milhões, para obras de infraestrutura em João Pessoa. A população de João Pessoa espera que a verba seja liberada e que os recursos realmente sejam realmente aplicados em benfeitorias na, sem desvios, pois os pessoenses sofrem com o descaso na cidade.