5G é usado para direção remota de carro na China

A internet 5G foi colocada à prova numa demonstração de direção remota realizada pela Ford na China. O motorista conseguiu conduzir o automóvel a partir de uma sala de operações, à distância de 3 km do carro. De acordo com a montadora, o experimento só foi possível devido à estabilidade do sinal de dados. Se a conexão caísse em algum momento, a direção ficaria comprometida. Por segurança, um segundo motorista viajou no carro para assumir o volante em caso de necessidade.

Analistas dize que a nova forma de conexão pode alcançar velocidade até 50 vezes superior ao 4G. O 4G chega a, no máximo, 100 Megabits por segundo (Mb/s, o famoso mega) e o 4G Plus, fornecido por algumas operadoras, a 200 Mbp/s.

O veículo utilizado no teste foi um Lincoln MKZ Hybrid, um automóvel adaptado para receber o sinal de 5G e enviar vídeo e áudio para a sala de operações. Foi com base nas transmissões que o motorista conseguiu ter acesso ao ambiente em que o carro passava e comandar as funções de direção, aceleração e frenagem.

Além da novidade, a Ford revelou o SYNC+, um sistema multimídia com inteligência artificial da Baidu presente nos novos Chagan. A inovação traz navegação com assistente de voz inteligente, que vai permitir recursos de entretenimento e conectividade com automóveis e casa inteligentes. O desempenho do sistema vai depender da rede 5G.

Devido aos avanços tecnológicos envolvendo a interatividade do celular com outros dispositivos inteligentes, o 5G se torna uma necessidade. Apesar de alguns usuários conseguirem controlar a casa conectada com o smartphone 4G, a estabilidade da nova rede promete permitir que essa administração se torne mais efetiva.

Quando o 5G estiver em circulação entre os consumidores finais, cenários como dirigir o carro remotamente para a garagem ou controlar os objetos de limpeza ou cozinha em sua casa poderão se tornar mais comuns no dia a dia.

Cálculos de uma consultoria indicam que o 5G deve superar o 4G em 2023. Há um longo caminho pela frente. A liberação do serviço está atrasada no Brasil. Inicialmente, o leilão que possibilitaria às operadoras fornecer a internet mais veloz estava previsto para o primeiro semestre de 2020. Agora, o mais provável é que a concorrência aconteça no fim do próximo ano, com as primeiras redes previstas para operar somente em 2021. Informações do TecTudo.