O salário médio mensal dos ocupados nas unidades locais empresariais formais localizadas em João Pessoa é de 2,6 salários mínimos, conforme o Cadastro Central de Empresas (Cempre), em 2021. Dados foram divulgados pelo IBGE em homenagem ao aniversário de 438 anos da capital, celebrado neste sábado (5).

O ramo com a maior renda média era o de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,6 salários mínimos), seguido pelos de educação (4,9), água, esgoto e atividades de gestão de resíduos e descontaminação (3,8) e administração pública, defesa e seguridade social (3,7).

Setores com maior média salarial em João Pessoa

  1. Financeiras, de seguros e serviços relacionados: 5,6 salários mínimos
  2. Educação: 4,9
  3. Água, esgoto e atividades de gestão de resíduos e descontaminação: 3,8
  4. Administração pública, defesa e seguridade social: 3,7

Setor de serviços ‘comanda’ PIB da capital paraibana

Em 2020, o setor de serviços, sem considerar atividades da administração pública, contribuiu com cerca de R$ 10,6 bilhões para o Produto Interno Bruto (PIB) de João Pessoa. A parcela de valor adicionado desse segmento representava 51,1% do PIB da capital paraibana, que foi de R$ 20,7 bilhões, no último ano analisado.

O ramo da administração pública teve a 2ª maior participação (19,5%), seguido pela indústria (16,2%). A agropecuária, por sua vez, teve contribuição insignificante (0,2%). O valor dos tributos correspondeu a 13% do PIB.

Produto Interno Bruto dos Municípios, com dados de João Pessoa (Fonte: IBGE)

Ao longo dos anos, o valor adicionado ganhou participação em relação ao total do PIB da capital e passou de 84,8%, em 1999, para 87%, em 2020, em detrimento da redução na participação relativa dos tributos no total do Produto Interno Bruto. Esse aumento ocorreu, principalmente, em virtude da expansão da administração pública, que cresceu quatro pontos percentuais, e de demais serviços (3 p.p.). Por outro lado, houve queda na participação do setor secundário, de 4,9 pontos percentuais.

Em relação ao PIB paraibano, o pessoense foi responsável por quase um terço (29,5%) desse valor, em 2020. Embora seja significativa, essa foi a menor participação registrada desde o início da série histórica, em 1999 (30,8%), com redução frente a 2019 (30,7%).

No ranking nacional, entre as 27 capitais, o PIB da paraibana ocupa a 21ª posição. Em 2020, o valor foi superior aos constatados em: Porto Velho (R$ 19,4 bilhões); Aracaju (R$ 16,4 bilhões); Boa Vista (R$ 11,8 bilhões); Macapá (R$ 11,7 bilhões); Palmas (R$ 9,9 bilhões); e Rio Branco (R$ 9,5 bilhões).

Capital paraibana apresenta crescimento exponencial no setor de empresas

Número de empresas cresce em mais de 55% na capital

Já conforme o Cadastro Central de Empresas (Cempre), em 2021, João Pessoa tinha 22.240 empresas e outras organizações. O número, que foi o maior desde 2007, aponta para um crescimento de 55,6% diante do observado no início da análise, em 2007, que era de 14,2 mil.

Quase um terço dessas iniciativas (27,9%) fazia parte do setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas. O ramo de atividades administrativas e serviços complementares tinha a segunda maior participação (14,6%), seguido pelo de construção (11,6%).

O total do pessoal ocupado nessas organizações sediadas na capital também aumentou ao longo dos anos, tendo alta de 27,8%. O quantitativo passou de aproximadamente 222 mil, em 2007, para 283,6 mil, em 2021. O ponto mais alto desse período, porém, foi o ano de 2014, que teve 301.156 pessoas ocupadas

Em 2021, cerca de 30,4% dessas pessoas estavam ocupadas em atividades da administração pública, defesa e seguridade social, em João Pessoa. Outras parcelas significativas eram as de ocupados no setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (13,7%), no de atividades administrativas e serviços complementares (9,2%) e saúde humana e serviços sociais (9,2%). Em seguida, estavam os segmentos da construção (8,9%) e da educação (8,7%).

Crescimento populacional

De 1970 a 2022, a população de João Pessoa cresceu 265,1% e passou de 228,4 mil pessoas para 833,9 mil. Com isso, a participação do contingente populacional pessoense no total da Paraíba também aumentou no período de 52 anos e passou de 9,3% para 21%.

Esses dados foram divulgados pelo IBGE ao longo do último ano e, agora, compilados em homenagem ao aniversário de 438 anos da capital, celebrado neste sábado (5).

A série histórica do crescimento médio anual da população do município aponta que o indicador atingiu a mais elevada intensidade no período de 1970 a 1980, quando foi de 4,1% ao ano. Contudo, embora tenha apresentado desaceleração desde então, a taxa pessoense foi de 1,2% ao ano no intervalo de 2010 a 2022, a 5ª maior entre as capitais, atrás somente das constatadas em Boa Vista (3,17%); Palmas (2,38%); Florianópolis (2,05%); e Cuiabá (1,36%).

Esse crescimento médio anual nos últimos 12 anos também foi o mais intenso entre os 20 municípios brasileiros com as maiores populações, ranking no qual João Pessoa ocupa a 20ª posição. Entre as capitais brasileiras, a paraibana é a 17ª mais populosa.

De 2010 a 2022, o total de domicílios recenseados na capital paraibana também cresceu consideravelmente e saltou de 242.348 para 377.756, respectivamente. Do número registrado em 2022, cerca e 15,6% estavam vagos e 5,8% eram de uso ocasional, como casas de veraneio. O aumento de 55,9% foi o 2º maior entre todas as capitais do país, inferior apenas ao constatado em Palmas, no Tocantins (72%).

Mesmo com os indicadores de crescimento populacional, a média pessoense de moradores por domicílios particulares permanentes ocupados foi de 2,80 pessoas, em 2022. O número reforça a tendência de redução observada ao longo dos últimos Censos Demográficos, uma vez que, em 1991, a média era de 4,5 moradores; em 1991, de 3,9; e, em 2010, de 3,4 pessoas por domicílio particular permanente ocupado.