Após denúncia do Paraíba Já, gestão de Cartaxo explica ‘calote’ em hospitais

Após denúncia do Paraíba Já de que a gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) estaria dando calote em hospitais que prestam serviço à Prefeitura de João Pessoa, a Secretaria Municipal de Saúde enviou nota à redação explicando a situação.

Confira abaixo a nota.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa esclarece que o contrato de prestação de serviço firmado com as instituições de saúde corresponde ao empenho do valor total para o exercício de um ano, sendo o pagamento efetuado a cada mês, de acordo com a produção mensal da instituição relativa aos procedimentos realizados via Sistema Único de Saúde (SUS).

Dessa forma, ao fim de cada mês, as informações relativas a tais procedimentos são enviadas ao Ministério da Saúde para processamento. Com a produção mensal adequadamente processada, a SMS realiza o pagamento correspondente.
Portanto, a SMS ressalta que os pagamentos estão sendo efetuados devidamente e reafirma o compromisso com as instituições contratadas pela Rede Municipal de Saúde para melhor atender às necessidades dos usuários do SUS em João Pessoa.

A denúncia

A denúncia de que a gestão de Cartaxo não paga há oito meses o Hospital Vicente e por isso exames encaminhados pela PMJP não estão mais sendo realizados, deixando os pacientes na mão e correndo até risco de morte, ocorreu neste final de semana.

Em contato com o Paraíba Já, um filho de um paciente relata que o pai está internado há 25 dias, já perdeu dois dedos e precisa fazer um exame de arteriografia. Com o encaminhamento do médico, a família do paciente foi informada que o exame não pode ser realizado por conta do não pagamento de oito meses de serviços realizados.

“Esperamos 25 dias para conseguir o exame e quando consegue são informados que não vou poder fazer o procedimento por conta da dívida imensa que existe. A saúde de João Pessoa é um caos e o que o secretário Adalberto Fulgêncio fala é mentira”, disse o familiar.

E continuou: “esse exame custa R$ 2.300, mas tudo o que querem é amputar a perna de meu pai e mandar pra casa. Estamos passando uma situação de humilhação. É essa gestão para viver melhor do prefeito Luciano Cartaxo?”, questionou.

No Sagres

 

Uma consulta no Sagres é possível saber que para o São Vicente de Paulo, por exemplo, a Prefeitura empenhou a quantia de R$ 17 milhões este ano, mas só pagou, até agora, R$ 9 milhões.

O Dom Rodrigo também não recebeu o empenhado. A Prefeitura empenhou R$ 9 milhões e só pagou R$ 4 milhões até o momento.

O Nefrusa, aquele que cuida de gente que precisa fazer hemodiálise, só recebeu até agora R$ 1.234.975,00 dos R$ 4.452.000,00 empenhados.

Até a Funad, a Fundação que cuida das pessoas deficientes, foi atingida. A Prefeitura empenhou em 20 de abril a importância de R$ 1.035.000,00 e até agora, quatro de setembro, não pagou e não mandou dizer quando paga.

Por último, a Prefeitura empenhou R$ 247.230.184,37 para o Fundo Municipal de Saúde em 2017 e até agora só pagou R$ 149.238.950,92.